4 research outputs found

    Síndrome HELLP: aspectos fisiopatológicos, métodos diagnósticos e condutas terapêuticas

    Get PDF
    A síndrome HELLP é uma condição na qual a gestante apresenta hemólise, aumento de enzimas hepáticas e plaquetopenia, sendo considerada uma manifestação grave da pré-eclâmpsia. Nos casos em que há um ou dois desses critérios, denomina-se síndrome HELLP parcial ou incompleta. A patogênese ainda carece de completo esclarecimento, contudo acredita-se que esteja relacionada à fatores placentários que desencadeiam uma resposta inflamatória sistêmica exacerbada, além de mutações genéticas que contribuem com o dano endotelial e, consequentemente, podem predispor à condição. Epidemiologicamente, sabe-se que a maior incidência ocorre entre 27 e 37 semanas de gestação, embora possa ocorrer em até 7 dias após o parto. Os principais fatores de risco incluem o histórico de distúrbios hipertensivos em gestações prévias, a nuliparidade e a idade materna superior a 35 anos. Clinicamente, é comum que a paciente manifeste sinais clássicos de pré-eclâmpsia (hipertensão e proteinúria), além de dor epigástrica e no quadrante superior direito, náuseas e vômitos, sendo que a sintomatologia tem início súbito e raramente cursa com remissão espontânea. Vale ressaltar que a síndrome pode ser assintomática e possui diagnósticos diferenciais importantes, como hepatites virais, anemia hemolítica e fígado gorduroso agudo da gravidez. Para o diagnóstico da síndrome HELLP completa, considera-se a elevação das enzimas LDH acima de 600 unidades/L, ALT e AST acima de duas vezes o limite superior, além de contagem de trombócitos inferior à 100.000 x 109/L. O manejo terapêutico envolve o parto imediato, preferencialmente via vaginal, quando a IG ≥ 34 semanas e a conduta expectante, associada à administração de corticosteróides, quando a IG < 34 semanas e houver estabilidade clínica materno-fetal. A terapia medicamentosa inclui o uso de sulfato de magnésio para a prevenção da eclâmpsia e de hipotensores de ação rápida

    Miomas uterinos: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e a histerectomia como terapêutica definitiva: Uterine Fibroids: etiopathogenic aspects, diagnostic methods and hysterectomy as definitive therapy

    Get PDF
    Os miomas uterinos (MUs), também denominados como leiomiomas uterinos, consistem nos tumores pélvicos benignos mais comuns em mulheres, os quais são formados por fibras musculares lisas e tecido conectivo, podendo estar alojados em diferentes locais do útero. Em virtude da variedade etiológica dos MUs, a epidemiologia é heterogênea; contudo, permanece com uma alta prevalência na população feminina em geral, sendo ainda mais recorrente entre as mulheres negras e na faixa etária de 35 a 50 anos. Além disso, a depender da etiologia do mioma, a patogênese, as manifestações clínicas e o prognóstico são diferentes. Acerca do quadro clínico, na maioria dos casos, as pacientes apresentam-se assintomáticas; mas, sintomas como sangramento uterino anormal, associado a outras queixas, podem aparecer e interferir significativamente na qualidade de vida da mulher. No que tange ao diagnóstico, esse é iniciado na consulta médica, através da anamnese e exame físico, o que leva à suspeição, que é, posteriormente, confirmada nos exames de imagem, em especial, a ultrassonografia. O diagnóstico diferencial é imprescindível, uma vez que outras patologias com apresentações semelhantes devem ser descartadas, no intuito de se estabelecer o tratamento correto e eficaz. O manejo terapêutico é individualizado e leva em consideração algumas variáveis, como a sintomatologia, a faixa etária, o número, tamanho e localização dos miomas, além do desejo ou não da mulher em preservar o útero. Todavia, a histerectomia continua sendo o tratamento definitivo e a abordagem mais utilizada.&nbsp

    NEOTROPICAL ALIEN MAMMALS: a data set of occurrence and abundance of alien mammals in the Neotropics

    No full text
    Biological invasion is one of the main threats to native biodiversity. For a species to become invasive, it must be voluntarily or involuntarily introduced by humans into a nonnative habitat. Mammals were among first taxa to be introduced worldwide for game, meat, and labor, yet the number of species introduced in the Neotropics remains unknown. In this data set, we make available occurrence and abundance data on mammal species that (1) transposed a geographical barrier and (2) were voluntarily or involuntarily introduced by humans into the Neotropics. Our data set is composed of 73,738 historical and current georeferenced records on alien mammal species of which around 96% correspond to occurrence data on 77 species belonging to eight orders and 26 families. Data cover 26 continental countries in the Neotropics, ranging from Mexico and its frontier regions (southern Florida and coastal-central Florida in the southeast United States) to Argentina, Paraguay, Chile, and Uruguay, and the 13 countries of Caribbean islands. Our data set also includes neotropical species (e.g., Callithrix sp., Myocastor coypus, Nasua nasua) considered alien in particular areas of Neotropics. The most numerous species in terms of records are from Bos sp. (n = 37,782), Sus scrofa (n = 6,730), and Canis familiaris (n = 10,084); 17 species were represented by only one record (e.g., Syncerus caffer, Cervus timorensis, Cervus unicolor, Canis latrans). Primates have the highest number of species in the data set (n = 20 species), partly because of uncertainties regarding taxonomic identification of the genera Callithrix, which includes the species Callithrix aurita, Callithrix flaviceps, Callithrix geoffroyi, Callithrix jacchus, Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata, and their hybrids. This unique data set will be a valuable source of information on invasion risk assessments, biodiversity redistribution and conservation-related research. There are no copyright restrictions. Please cite this data paper when using the data in publications. We also request that researchers and teachers inform us on how they are using the data
    corecore