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Understanding sexual violence : the case of Papua New Guinea
Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.INTRODUÇÃO: O cancro da mama constitui a neoplasia maligna mais frequente nas mulheres
em idade reprodutiva. Nas últimas décadas tem-se registado um aumento da sobrevivência das
mulheres com cancro da mama, pelo que as intervenções que visam a melhoria da saúde
reprodutiva e da qualidade de vida assumem atualmente um interesse relevante. O risco de
falência ovárica prematura (FOP) e consequente compromisso da fertilidade, resultante da
terapêutica sistémica adjuvante do cancro da mama, constitui um dos efeitos mais deletérios na
mulher em idade reprodutiva. Neste âmbito as técnicas de preservação da fertilidade atualmente
disponíveis, que incluem a criopreservação de embriões, a criopreservação de ovócitos e a
criopreservação de tecido ovárico, permitem minorar esse impacto. A terapêutica comanálogos
da gonadotrophin releasing hormone (Gn-RH) pode estar associada a um efeito benéfico na
preservação da função ovárica, mas as suas indicações mantêm-se controversas.
OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo rever os efeitos do tratamento do cancro da mama
na saúde reprodutiva e as intervenções disponíveis para reduzir o seu impacto.
MÉTODOS: Efetuou-se um revisão compreensiva da literatura. A pesquisa focalizou-se na
avaliação do impacto do tratamento antineoplásico a nível da função reprodutiva e sexual. As
controvérsias e a abordagem atual relativamente à preservação da fertilidade, à vigilância da
gravidez, aleitamento materno e disfunção sexual em mulheres em idade reprodutiva com
antecedentes de cancro da mama são realçadas.
RESULTADOS: A quimioterapia realizada nas doentes com cancro da mama tem um impacto
negativo sobre a fertilidade. Atualmente existem várias intervenções para preservar a
fertilidade e os oncologistas devem orientar as doentes para os serviços de reprodução logo
após o diagnóstico. As opções existentes neste âmbito podem aumentar a probabilidade de uma futura gravidez, apesar da eficácia de algumas intervenções, nomeadamente a administração de
análogos Gn-RH, não estar ainda esclarecida. No que concerne à gravidez após cancro da
mama, a evidência não revela um impacto negativo a nível da sobrevivência. Relativamente ao
aleitamento materno, os estudos efetuados referem que é seguro para as crianças e não tem
efeitos nocivos no prognóstico das mulheres com antecedentes de cancro da mama.
A abordagem multimodal da disfunção sexual, com especial incidência no tratamento
farmacológico e na terapia sexual revela-se eficaz, constituindo uma mais valia na saúde
reprodutiva destas mulheres.
CONCLUSÃO: O aumento das taxas de sobrevivência do cancro da mama tem levado a um
empenho dos profissionais de saúde em alargar o alcance da sua responsabilidade, passando do
simples tratamento da doença para uma perspectiva de atuação mais abrangente, que permita
às mulheres restaurarem e manterem uma boa qualidade de vida. As decisões relativamente à
preservação da fertilidade previamente ao tratamento citotóxico, bem como de gravidez e
aleitamento materno após cancro, devem ser tomadas de acordo com uma concertação
pluridisciplinar em oncologia e medicina da reprodução. Dada a prevalência das disfunções
sexuais femininas após cancro da mama e o seu impacto no bem-estar pessoal é importante que
os clínicos desenvolvam capacidades para as diagnosticar e proporcionar um acompanhamento
dirigido.
São necessários estudos mais alargados, multicêntricos, randomizados e controlados, com
critérios de avaliação meticulosos, para se obterem respostas claras em relação às melhores
estratégias a adotar na preservação da fertilidade pós-cancro, na vigilância da gravidez, na
abordagem das disfunções sexuais e no aconselhamento contracetivo.INTRODUCTION: Breast cancer is the most common neoplasic disease in women at
reproductive age. Survival from breast cancer has significantly been improved in the last
decades, so that interventions aimed at improving reproductive health and life quality currently
assume a relevant interest. Premature ovarian failure (POF) risk and consequent fertility
impairment resulting from systemic adjuvant therapy for breast cancer is one of the most
deleterious effects in women at reproductive age. In this context, assisted reproduction
techniques currently available for fertility preservation, including embryo cryopreservation,
oocyte cryopreservation and ovarian tissue cryopreservation, can minimize this impact.
Therapy with gonadotrophin-releasing hormone analogues (GnRHa) may be associated with a
beneficial effect, but its indications remain controversial.
OBJECTIVE: This study aims to review the effects of breast cancer treatment on reproductive
health and available interventions to reduce its impact.
METHODS: A comprehensive literature review was done, which focused on assessing the
impact of antineoplastic treatment on reproductive and sexual function. The controversies and
current management of fertility preservation, pregnancy monitoring, breastfeeding and sexual
dysfunction in reproductive aged women with a history of a breast cancer were highlighted.
RESULTS: Chemotherapy performed in patients with breast cancer has a negative impact on
fertility. Currently, there are several interventions aimed to preserve fertility and that is why oncologists should refer patients for Reproductive Medicine Departments soon after diagnosis.
The options available may increase the likelihood of a future pregnancy, despite the
effectiveness of some interventions, including the administration of GnRHa, is not yet clarified.
In relation to pregnancy after breast cancer, the evidence does not reveal a negative impact on
survival. Breastfeeding is safe for children and has no harmful effects on the cancer prognosis.
A multimodal approach to sexual dysfunction with a focus on pharmacological treatment and
sexual therapy proves to be effective, constituting an asset in the reproductive health of these
women.
CONCLUSION: The increase in breast cancer survival rates has led to a commitment of health
professionals to broaden the scope of their responsibility, from the simple treatment of the
disease to a broader perspective of performance, allowing women to restore and maintain a
good life quality. Decisions regarding fertility preservation prior to cytotoxic therapy, as well
as pregnancy and breastfeeding after cancer should be taken according to a multidisciplinary
consultation in Oncology and Reproductive Medicine. Given the prevalence of female sexual
dysfunction after breast cancer and its impact on personal well-being it is important that
clinicians develop skills to diagnose and provide an adequate monitoring.
Broader, multicenter, randomized and controlled trials are needed, with meticulous evaluation
criteria to obtain clear answers regarding the best strategies to adopt in preserving post-cancer
fertility, pregnancy surveillance, sexual dysfunction management and contraceptive
counselling
Harnessing community-led innovations: the role of participatory media in addressing gender-based violence
Gender-based violence (GBV) remains a key development challenge. In Papua New Guinea, a country with one of the highest rates of GBV, the issue has been prioritised in the national development agenda. The programme Yumi Kirapim Senis (Together Creating Change) was created to support the development of the National GBV Strategy. To build on existing understandings and workable solutions in communities, six community-led programmes were examined. This article explores a crucial component of the initiative which utilised participatory visual media to bridge communication gaps between national agencies and communities to drive social change at all levels