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Recanalização do ducto de Stenon após trauma por arma branca: relato de caso: Stenon's duct recanalization after stabbing trauma: a case report
As lesões na glândula e ducto da parótida – ducto de Stenon representam uma pequena porcentagem dentro dos traumas de face, no entanto, o diagnóstico e tratamento apresentam um alto grau de dificuldade. Paciente com diversos ferimentos em face causados por arma branca, após suturas, evoluiu com aumento de volume em 1/3 médio devido ao acúmulo de saliva. Optou-se pela cateterizarão e recanalização do ducto de Stenon com a utilização e estabilização de sonda uretral por 14 dias. As abordagens conservadoras para as lesões do ducto de Stenon podem evoluir com algumas complicações, como o extravazamento de saliva reportado no caso. Para o caso em questão, a técnica de recanalização mostrou-se de baixo custo, pouco invasiva e eficiente
Endometriose: fisiopatologia e manejo terapêutico: Endometriosis: pathophysiology and therapeutic management
A endometriose é definida como a presença anormal de tecido endometrial fora da cavidade uterina, manifestando-se como uma condição inflamatória crônica, benigna, estrogênio-dependente e grande causadora de dor e infertilidade. Essa afecção atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e afeta mais de 170 milhões de mulheres no mundo, apresentando seu pico de incidência entre 25 e 45 anos de idade e a sua prevalência aumenta em mulheres com dismenorreia, infertilidade e/ou dor pélvica. Os mecanismos dessa condição não são completamente conhecidos, mas entre eles, coexistem fatores etiológicos, congênitos, ambientais, genéticos, autoimunes, imunológicos e endócrinos. A sintomatologia da endometriose é diversa, porém, destaca-se dor pélvica crônica, dismenorreia e infertilidade. A anamnese e o exame físico dessa patologia revelam queixa principal de dor, em suas mais variadas durações, formas e localidades, sendo primariamente citadas dor pélvica cíclica, dismenorreia, dor periovulatória, dor pélvica crônica não cíclica, dispareunia posicional ou permanente, disquezia e disúria. Os fatores genéticos mais comuns relacionados ao risco de endometriose estão localizados em sequências reguladoras de DNA, que acabam por alterar a regulação da transcrição gênica. A ultrassonografia transvaginal é um exame básico no diagnóstico da endometriose, sendo uma ferramenta investigativa e técnica de imagem de primeira linha em pacientes com suspeita de tal afecção. A tomografia computadorizada não detém papel na avaliação de rotina da endometriose, exceto em poucos e particulares cenários. A laparoscopia com confirmação simultânea no exame histopatológico é o padrão ouro para o diagnóstico. As terapêuticas possíveis são o controle de sintomas, melhora da qualidade de vida das pacientes, manutenção da fertilidade, redução da recorrência e das abordagens cirúrgicas. A abordagem cirúrgica, ainda que não seja a indicação primária, tem extrema valia e o método usado varia conforme a clínica do paciente, sendo a videolaparoscopia o método preferencial de tratamento