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Recuperação de larvas de nematĂłides tricostrongilĂdeos em fezes de ovinos em sistemas de monocultivo e silvipastoril
Sistemas integrados de produção como o silvipastoril pode ser uma opção de quebra de paradigmas para o pecuarista, independentemente da espĂ©cie animal em questĂŁo. O equilĂbrio entre os fatores que compõe o sistema Ă© fundamental para o desempenho animal, entre estes fatores podemos destacar a saĂşde animal devido Ă complexidade de interações e aspecto multifatorial das doenças parasitárias. O objetivo deste estudo foi avaliar a recuperação de larvas de nematĂłides tricostrongilĂdeos (L3) em fezes no sistema de integração Pecuária-Floresta e sistema de pastejo convencional, avaliando a sazonalidade destes parasitas, sua sobrevivĂŞncia no ambiente e as condições microclimáticas dos sistemas avaliados. O estudo foi implantado em novembro de 2013 no campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, municĂpio de Sinop/MT, onde foi conduzido atĂ© setembro de 2014 para que fossem realizadas avaliações nas quatro estações do ano. Os mĂłdulos experimentais sĂŁo compostos por 60 amostras de 20 gramas de fezes de ovinos com aproximadamente sessenta mil ovos de nematĂłides tricostrongilĂdeos. A cada estação do ano estas unidades sĂŁo dispostas de maneira inteiramente casualizada em dois diferentes arranjos de pastagem, sendo estes caracterizados como pastagem a pleno sol (Trat. A) e pastagem integrada a componente florestal com renques triplos de eucalipto com espaçamento entre renques de 15 metros (Trat. B). Quatorze dias apĂłs a deposição das fezes, em trĂŞs horários distintos (Ă s 06:00, 12:00 e 18:00 horas) foram coletadas as amostras de fezes remanescentes na superfĂcie. Tais amostras foram encaminhadas ao laboratĂłrio para a obtenção do nĂşmero de L3/kg de matĂ©ria seca. Com base no teste de Qui-Quadrado (95% de confiança), a mĂ©dia de L3 nas amostras de fezes do Trat. B foi significativamente superior ao Trat. A, 12.385 e 10.246, respectivamente. Avaliando-se as diferentes estações do ano, a mĂ©dia de L3 recuperadas foi superior no mĂŞs de junho (26.110), seguido pela mĂ©dia de março (5.728,84) e dezembro (2108,51), havendo diferença estatĂstica entre todos os perĂodos. Com relação aos horários de coleta, foram recuperadas um maior nĂşmero de L3 Ă s 12:00 horas (12.638), mas nĂŁo houve diferença significativa entre as mĂ©dias Ă s 06:00 (10.927) e 18:00 horas (10.382). Com base nos resultados, pode-se concluir que as estações do ano foram capazes de influenciar o nĂşmero de larvas infectantes recuperadas nas fezes independentemente dos tratamentos, porĂ©m o sistema silvipastoril apresentou uma maior mĂ©dia quando comparado ao sistema de monocultura de pastagem. Pode-se concluir ainda que o horário de coleta de amostras pode interferir com o resultado de L3 recuperadas nas fezes