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    Controle de anaplasmose bovina através de imunização com Anaplasma centrale

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    RESUMO: A anaplasmose bovina é uma das principais causas de perdas produtivas e mortes no Rio Grande do Sul em rebanhos bovinos. O Anaplasma marginale é o principal agente causador da enfermidade e provoca hipertermia, anemia, prostração, abortos e perdas produtivas nos bovinos acometidos. Tendo em vista o controle deste hemoparasita em uma propriedade leiteira localizada no município de Eldorado do Sul no Rio Grande do Sul, na qual a incidência da doença era alta, 471 animais foram imunizados com Anaplasma centrale na busca de desenvolvimento cruzado para Anaplasma marginale. No experimento foi verificado que a incidência que normalmente era acima de 30% na propriedade passou para níveis inferiores a 5%. No entanto, foram verificados abortos decorrentes da imunização, principalmente nos animais que possuíam menos de 90 dias de prenhes. Já o número de mortes globais na fazenda caiu consideravelmente tendo em vista que a principal causa de morte era a anaplasmose bovina. Dos animais inoculados com A. centrale em torno de 15% apresentaram sintomatologia clínica da enfermidade e precisaram ser tratados com oxitetraciclina no período entre 15 e 30 dias após a imunização. O custo com tratamento empregado na propriedade posterior à imunização caiu em torno de 85% o que provocou impacto significativo economicamente na propriedade

    Achados clínico-patológicos e métodos de controle da intoxicação por Pteridium (aquilinum) arachnoideum em uma propriedade do Rio Grande do Sul

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    RESUMO: A infestação de pastagens por Pteridium arachnoideum é um problema que afeta a pecuária em diversas partes do mundo, ocasionando perdas produtivas e mortalidades nos rebanhos, bem como a redução das áreas de pastagens. Devido aos prejuízos na bovinocultura, foi proposto o acompanhamento de uma propriedade no Rio Grande do Sul com perdas por Pteridium arachnoideum. Realizou-se um levantamento das mortes associadas à intoxicação por samambaia na propriedade durante o período de janeiro de 2007 a janeiro de 2015. Adicionalmente, testou-se a viabilidade de ovinos como ferramenta de controle biológico de samambaia e se acompanhou as tentativas de controle da planta através do uso dos herbicidas metilsulfuron-metil e picloram, os quais eram associados ou não à roçada prévia. Das mortes por intoxicação natural acompanhadas na propriedade, observou-se 22 casos de quadro agudo de diátese hemorrágica e seis de quadro crônico de carcinomas do trato digestório superior. Em cinco bovinos jovens com diátese hemorrágica, além de hemorragias disseminadas e infartos, observou-se acentuado edema laríngeo, que cursava, clinicamente, com dispneia e estertores respiratórios característicos. Os carcinomas do trato digestório superior, apesar de menos frequentes, causaram perdas expressivas, devido à mortalidade anual de reprodutoras. Notou-se que a introdução de bovinos jovens em áreas recentemente roçadas pode resultar no consumo de grandes quantidades de samambaia e na ocorrência de surtos da enfermidade aguda. O controle das populações de samambaia pelo pastejo por ovinos não foi eficiente, devido ao baixo consumo observado com a lotação de quatro ovinos por hectare, embora mortalidade de ovinos por consumo da planta não tenha sido registrada. Após a retirada do potreiro infestado por samambaia, ao final do experimento, oito dos ovinos foram acompanhados, clinicamente, por três anos e não apresentaram nenhuma alteração. A utilização dos herbicidas resultou em uma redução da cobertura de P. arachnoideum. No entanto, essa prática necessita de estudos adicionais, já que algumas áreas não tiveram recuperação satisfatória da pastagem e o seu uso pode causar impactos ambientais e aquisição de resistência de P. arachnoideum aos herbicidas

    Surto de intoxicação por monensina em avestruzes e equinos no sul do Brasil

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    Descreve-se um surto de intoxicação por monensina em avestruzes e equinos em uma propriedade no Rio Grande do Sul. Oito dias antes do aparecimento dos primeiros sinais clínicos, uma ração comercial formulada para bovinos, cuja composição incluía monensina (177ppm), foi introduzida na dieta dos animais. Três equinos manifestaram dificuldade de movimentação, cólica, sudorese e decúbito permanente; dois morreram em 48 horas após o inicio dos sinais. Três avestruzes adoeceram, dois apresentaram decúbito esternal permanente, o outro estava apático e relutante ao movimento. Dois avestruzes morreram 15 e 30 dias após o início dos sinais. Nas necropsias dos equinos, observou-se miocárdio com palidez multifocal, hemorragia no endocárdio e no epicárdio (principalmente ao redor dos vasos coronarianos) e musculatura esquelética com áreas branco-amareladas bilaterais e focalmente extensas. Essas alterações corresponderam histologicamente, à miopatia e cardiomiopatia necróticas. Nos avestruzes, músculos esqueléticos difusamente pálidos e com múltiplos pequenos pontos brancos corresponderam à necrose segmentar polifásica, com alterações necróticas e regenerativa

    Utilização de biópsias da terceira pálpebra e mucosa retal em ovinos para diagnóstico de scrapie em uma propriedade da região sul do Brasil

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    Scrapie é uma encefalopatia espongiforme transmissível (EET) que causa lesões cerebrais degenerativas em ovinos e caprinos. Caracteriza-se pelo acúmulo, no tecido encefálico e linforreticular, da forma anormal da proteína priônica (PrP Sc) que provoca a morte maciça de neurônios e células gliais, além de vacuolização intensa no tecido afetado. Esse trabalho descreve a utilização da técnica de imuno-histoquímica (IHQ) para proteína priônica em tecido linforreticular de biópsias de terceira pálpebra e mucosa retal, como método diagnóstico de scrapie em ovinos. Realizaram-se exames de IHQ para scrapie em amostras de uma propriedade de origem de um ovino com diagnóstico dessa enfermidade. Utilizaram-se anticorpos monoclonais antipríon para diagnóstico ante mortem pela técnica de IHQ. Nas 318 amostras de biópsias analisadas, encontrou-se 19 resultados positivos para PrP Sc nos folículos de terceira pálpebra e não foi obtida marcação no tecido linfático de mucosa retal em nenhuma das amostras coletadas. Realizaram-se 18 necropsias dos animais positivos anteriormente por biópsia e 21 necropsias de ovinos parentes dos positivos de scrapie. Confirmou-se o resultado de scrapie pela IHQ após a necropsia dos animais positivos nas biópsias de terceira pálpebra. Nesses animais, os órgãos com maior número de cortes positivos foram a terceira pálpebra (18/18) e a tonsila (8/18). Nos ovinos com parentesco com os positivos, nenhum resultado de scrapie ocorreu. A utilização de tecidos linfoides no diagnóstico de scrapie por IHQ através de biópsias mostrou-se um método viável e eficaz para o diagnóstico pré-clínico

    Perreyia flavipes larvae toxicity

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    Fresh or thawed Perreyia flavipes larvae were ground and mixed with water and orally ad ministered to sheep. At 5mg/kg, neither clinical nor enzymatic changes were observed. Unique do ses of 7.5 and 10mg/kg induced characteristic clinical signs of Perreyia sp. larvae poisoning, increased GGT and AST values, and decreased glycemic curves. However, doses of 5, 10, and 15mg/kg repeated at 30 or 15 days intervals caused no disease and mild disease followed by death, respectively. These fin dings indicate that these animals probably developed some degree of tolerance to the toxins in P. flavipes larvae. Ultrastru ctural examination of liver revealed proliferation of the smooth endoplasmic reticulum in the hepatocytes, which may be associated with an increased ability to metabolize toxins and could consequently lead to the tolerance observed in the present study. Further investigations may elucidate whether such tolerance effects could be applied as a control measure for P. flavipes poioning or other hepatotoxic diseases. In addition, clinicopathological findings were discussed
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