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    Infecções Sexualmente Transmissíveis em Homens com 50 Anos ou Mais em Clínica de Doenças Sexualmente Transmissíveis de Lisboa, Portugal

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    Introduction: Sexually transmitted infections (STIs) are a significant public health problem worldwide. They are more frequent in young men; however the prevalence in older individuals is increasing. The aim of this study was to access the prevalence of STIs diagnosis in men aged 50 years and older. We also aimed to compare the demographic and behavioral characteristics of those diagnosed with STIs and those with non-STI conditions.Methods: We conducted a retrospective study including all men aged 50 years and older who have attended a Sexual Transmitted Diseases (STD) clinic of a central hospital in Lisbon, Portugal, between July 2015 and December 2017.Results: Between July 2015 and December of 2017,  1722 men attended the STD clinic, of which 323 (18.8%) were aged 50 years and older. Out of these 323 men, 137 (41.4%) were diagnosed with a STI, more often anogenital warts (32.9%), genital herpes simplex virus infection (19.7%) and early syphilis (19.0%). The mean age of the patients with a STI was 59.9 years and almost all (90.5%) reported an inconsistent use of a condom (90.5%). The number of men that have sex with men (MSM) was significantly higher in patients with a STI (p = 0,003) than those with a non-STI diagnosis. Additionally, 40 (29.2%) of these STI patients had been previously infected with the human immunodeficiency virus (HIV) and 33 (24.1%) had a past history for syphilis, which were significantly higher than in patients in patients with a non-STI diagnosis (p = 0.015 and p = 0.001, respectively).Conclusion: Existing data on STI has mainly focused younger population with few studies performed in older individuals. Our study reports a large number of men aged 50 years and older that allows a better understanding of this age group. High levels of unsafe sex and previous diagnosis of HIV and syphilis emphasizes the importance of sexual health promotion in older individuals.Introdução: As infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) são um problema de saúde pública a nível global. São mais frequentes em jovens do sexo masculino, no entanto verifica-se um aumento da sua prevalência em indivíduos mais velhos. Este estudo teve como objectivo principal analisar a prevalência de ISTs em homens com idade igual ou superior a 50 anos. Também foram comparadas as características demográficas e comportamentais dos doentes com diagnóstico de IST com os doentes com diagnóstico não-IST.Métodos: Realizámos um estudo retrospetivo que incluiu todos os homens com idade igual ou superior a 50 anos que recorreram à Consulta de ISTs do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Portugal, entre Julho de 2015 e Dezembro de 2017.Resultados: Entre Julho de 2015 e Dezembro de 2017, na Consulta de ISTs foram observados 1722 indivíduos do sexo masculino, dos quais 323 (18,8%) com idade igual ou superior a 50 anos. Destes 323 homens, 137 (41,4%) tiveram o diagnóstico de IST, mais frequentemente condilomas anogenitais (32,9%), infecção genital por herpes simplex (19,7%) e sífilis recente (19,0%). A idade média dos doentes com IST foi de 59.9 anos e a maioria reportou um uso ocasional de preservativo (90,5%). O número de homens com sexo com homens foi significativamente superior nos doentes com IST (p = 0,003) em relação aos doentes com diagnóstico não-IST. Além disso, 40 (29,2%) dos doentes com IST tinham o diagnóstico prévio de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) e 33 (24,1%) tiveram sífilis no passado, ambos em numero significativamente superior que nos doentes com diagnóstico não-IST (p = 0,015 e p = 0,001, respectivamente).Conclusão: Dados atuais sobre ISTs focam-se principalmente na população jovem com escassos estudos efetuados em indivíduos mais velhos. O nosso estudo reporta um elevado número de homens com idade igual ou superior a 50 anos, permitindo uma melhor percepção desta faixa etária. Níveis elevados de ausência de protecção sexual e diagnóstico de VIH enfatizam a importância da promoção da educação sexual em indivíduos mais velhos

    Imunomodelação Tópica com Difenilciclopropenona para a Alopécia Areata

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    Introduction: Topical immunotherapy with diphenylcyclopropenone is a treatment option for patients with refractory or extensive alopecia areata. The aim of this study was to evaluate the clinical efficacy and tolerability of diphenylcyclopropenone therapy, in patients with alopecia areata, and identify possible prognostic factors that predict response to treatment. Methods: We conducted a retrospective study that included all patients diagnosed with alopecia areata and treated with diphenylcyclopropenone at our Department. Results: Twenty one patients were included for analysis (15 females and 6 males). Overall, nine patients (42.9%) had some hair regrowth with diphenylcyclopropenone therapy. Of these, five (55.6%) achieved pigmented terminal hair regrowth but with persistent patches of alopecia. Only one patient achieved > 90% of hair regrowth. Older age at onset, broader extent of alopecia at baseline and presence of nail dystrophy were all negative prognostic factors (p < 0.05). Atopy and thyroid dysfunction were not statistically significant as predictors of poor treatment outcome. Adverse effects were documented in 15 patients, most of them were mild and did not lead to treatment interruption. Conclusion: Diphenylcyclopropenone therapy is a viable treatment option in patients with extensive alopecia areata, although the response is partial in the majority of the cases. Limitations of this study include its retrospective nature and the limited number of patients.Introdução: A imunoterapia tópica com difenilciclopropenona é uma opção terapêutica em casos de alopécia areata extensa ou refratária. Este estudo teve como objetivos avaliar a eficácia clínica e tolerabilidade da terapia com difenilciclopropenona, em doentes com alopécia areata, e identificar possíveis fatores prognósticos da resposta ao tratamento. Métodos: Realizámos um estudo retrospetivo que incluiu todos os doentes diagnosticados com alopécia areata e tratados com difenilciclopropenona no Serviço de Dermatologia do Hospital Santo António dos Capuchos, Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central. Resultados: Foram incluídos vinte e um doentes (15 mulheres e 6 homens). No geral, nove pacientes (42,9%) tiveram algum crescimento de cabelo com a terapia DPCP. Destes, cinco (55,6%) tiveram crescimento do pêlo terminal pigmentado, mas com áreas de alopécia persistentes. Apenas um doente atingiu mais de 90% de reponte capilar. A idade mais avançada e a maior extensão da doença à apresentação, assim como a presença de distrofia ungueal foram fatores estatisticamente significativos de mau prognóstico (p < 0,05). Atopia e disfunção tiroideia não foram estatisticamente significativos como preditores de pior resultado terapêutico com difenilciclopropenona. Efeitos adversos foram documentados em 15 doentes, sendo na maioria de ligeira gravidade não implicando a interrupção do tratamento. Conclusão: O tratamento com difenilciclopropenona é uma opção de tratamento viável em pacientes com alopécia areata extensa, embora a resposta seja parcial na maioria dos casos. As limitações deste estudo incluem a sua natureza retrospetiva e a amostra reduzida de doentes

    Fotoquimioterapia Sistémica no Tratamento de Psoríase na Adolescência

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    Introduction: Ultraviolet-B radiation is known to be effective and safe in childhood and adolescent psoriasis, but little has been published on the combined use of psoralen with ultraviolet-A radiation. The aim of this work is to assess the efficacy and short-term safety of systemic photochemotherapy in an adolescent population.Methods: Relevant clinical data on psoriatic patients aged 13 to 17 was retrospectively collected and analyzed. The sample population included twenty patients, eighteen with moderate to severe plaque-type psoriasis and two with guttate psoriasis.Results: Nine patients were treated with one single cycle and the remaining eleven with two cycles, in association with systemic therapies in 52%. Total improvement rate was 86.2%, with an average of 16.7 treatments per patient and a mean total cumulative dose of 174.0 J/cm2. The mean time for disease relapse was 4.3 months and two patients (10%) did not experience relapse during one-year follow-up. Side effects occurred in three patients (15%), namely nausea and erythema.Conclusions: Photochemotherapy showed to be highly effective in our adolescent population. Side effects were minor and none led to therapy discontinuation. Carcinogenic potential of ultraviolet-A radiation might be an important limitation. Further studies are warranted to access long-term safety of photochemotherapy.Introdução: A eficácia e segurança da radiação UVB no tratamento da psoríase infantil e da adolescência encontra-se bem descrita na literatura. Contudo, existem poucos dados no que concerne à utilização de psoraleno e UVA (PUVA) nesta faixa etária. O objectivo do presente trabalho é avaliar a eficácia e segurança a curto prazo da terapêutica com PUVA numa população de adolescentes com psoríase.Métodos: Revisão e análise retrospectiva dos dados clínicos relativos aos doentes com psoríase com idade entre 13 e 17 anos. A população analisada incluiu 20 doentes, dezoito com psoríase em placas moderada a grave e dois com psoríase gutata.Resultados: Nove doentes foram tratados com apenas um ciclo de PUVA, e os restantes com dois. Foram associadas terapêuticas sistémicas em 52%. A taxa de resposta total foi de 86,2%, com uma média global de 16,7 tratamentos de PUVA e uma dose cumulativa total média de 174,0 J/cm2. O tempo até recidiva foi de 4,3 meses, e em 2 doentes (10%) não houve recidiva durante um ano de seguimento. Observaram-se efeitos secundários em 3 doentes (15%), nomeadamente náuseas e eritema cutâneo.Conclusões: A fotoquimioterapia demonstrou boa eficácia na nossa população de adolescentes. Os efeitos secundários foram reduzidos e não motivaram suspensão da terapêutica. O potencial carcinogénico da radiação UVA poderá ser uma limitação importante desta modalidade terapêutica, pelo que são necessários mais estudos que avaliem a sua segurança a longo prazo

    INFECÇÃO GENITAL POR CHLAMYDIA TRACHOMATIS E NEISSERIA GONORRHOEAE EM HOMENS ASSINTOMÁTICOS

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    Introduction: Genital infection by Chlamydia trachomatis (CT) and Neisseria gonorrhoeae (NG) is common and may be asymptomatic, particularly for CT. The availability of nucleic acid amplification tests with high diagnostic sensibility and specificity allowed implementing routine screening in Sexually Transmitted Infections (STI) Clinics. We aimed to determine the prevalence of genital infection by these bacteria in asymptomatic men attending an STI Clinic in a Dermatology Department and to characterize this subpopulation.Methods: A retrospective 51-month-period study on male patients attending a STI Clinic in Lisbon and screened for asymptomatic genital infection by CT and NG was conducted. Data on demographics, sexual behavior, CT and NG screening results and other co-existing STIs were retrieved.Results: A total of 199 patients were analyzed. The prevalence of asymptomatic genital infection by CT and NG was 5% (10 patients) and 0.5% (1 patient), respectively. Asymptomatic genital infection by CT was higher in heterosexual men (7.8% vs 1.3%) and median age of the infected patients group was lower, although not statistically significant.Conclusion: Our study showed a prevalence of asymptomatic genital infection of 5.5% in male patients, which is in line with global epidemiologic data, thus further supporting the current recommendations on routine screening of these infections in the STI Clinic.Introdução: A infecção genital por Chlamydia trachomatis (CT) e Neisseria gonorrhoeae (NG) é frequente, sendo a infecção assintomática importante sobretudo no caso da CT. A disponibilidade de técnicas de amplificação de ácidos nucleicos de elevada sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de infecção genital por estas bactérias levou à implementação do seu rastreio sistemático em Consultas de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Os autores pretenderam determinar a prevalência de infecção genital por CT e NG em homens assintomáticos numa Consulta de Venereologia e caracterizar a população testada.Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo em indivíduos do sexo masculino observados pela primeira vez na Consulta de Venereologia de um Serviço de Dermatologia em Lisboa, durante um período de 51 meses, rastreados para infecção genital assintomática por CT e NG.Resultados: Na população estudada (n = 199), a prevalência de infecção genital assintomática por CT e NG foi de 5% (10 doentes) e 0,5% (1 doente), respectivamente. Verificou-se uma maior prevalência de infecção por CT nos heterossexuais (7,7% vs 1,3%) e a idade mediana do grupo dos infectados mostrou-se inferior, embora não estatisticamente significativa.Conclusão: A prevalência de 5,5% de infecção genital assintomática em homens encontrada no nosso estudo está de acordo com dados epidemiológicos de outros estudos e apoia as actuais recomendações em rastrear estas infecções na Consulta de ISTs

    Implicações Terapêuticas dos Novos Conhecimentos Sobre a Fisiopatologia da Dermite Atópica

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    Atopic dermatitis is a chronic inflammatory skin disease that usually affects children, but can also start in adults. This disease has a strong impact on the quality of life, however treatment options for severe atopic dermatitis are scarce. New insights into the physiopathology, emphasizing the crucial role of epidermal barrier dysfunction and its relationship with immune dysregulation, contributed to the development of new treatments.A dermite atópica é uma dermatose inflamatória crónica que afeta principalmente crianças, podendo também manifestar- -se em idade adulta. Apesar de estar associada a um forte impacto na qualidade de vida, os avanços terapêuticos são ainda muito precários. Novos conhecimentos no âmbito da fisiopatologia da dermite atópica, realçando o papel crucial da disfunção da barreira epidérmica e sua relação com a desregulação imunitária, têm permitido o desenvolvimento de possíveis armas terapêuticas

    Elevada Incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis em Doentes com Infecção por VIH

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    Introduction: Sexual transmitted infections (STI) are an important health problem and increase the risk for acquisition and transmission of HIV. We aimed to identify STIs diagnosed in patients with known human immunodeficiency virus (HIV) infection and in newly diagnosed ones.Methods: Retrospective analysis of medical charts of individuals attending a specialized STI Clinic from 2009 to 2013.Results: A total of 680 patients were included, accounting for 8% of the patients observed during the study period. The majority (638, 92%) were male and men who have sex with men (MSM) (489, 72%). Almost half (304, 45%) were migrants. Overall, 270 (40%) patients were diagnosed with at least one STI, syphilis was the most common (123, 18%), followed by Chlamydia trachomatis (46, 7%), Neisseria gonorrhoeae infection (42, 6%) and genital warts (32, 5%). Concerning HIV status, 329 (48%) patients had known infection and 351 (52%) were newly diagnosed during the study period. The newly diagnosed patients were significantly younger (37.3±9.7 vs 32.4± 9.5 years) and more frequently sought attention for screening. Past history of STIs, partner referral, symptoms and being diagnosed with at least one concomitant STI were significantly more common in previously known HIV patients.Conclusion: At least one new STI (other than HIV) was diagnosed in 40% of the patients. This represents an important problem not only because concomitant STIs increase the risk of HIV acquisition (for the new diagnosed cases) but also because patient with known HIV infection maintain a high-risk behaviour pattern.Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são um importante problema de saúde e aumentam o risco de adquirir o vírus da imunodeficiência humana (VIH). O objectivo foi identificar as ISTs diagnosticadas em doentes com infecção VIH conhecida e nos com diagnóstico de novo.Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos dos utentes que recorreram a uma clínica especializada em IST de 2009 a 2013.Resultados: Foram incluídos 680 doentes, correspondendo a 8% dos observados no período de estudo. A maioria (638, 92%) era do sexo masculino e homens que têm sexo com homens (489, 72%). Quase metade (304, 45%) eram migrantes. Do total, 270 (40%) dos doentes tiveram diagnóstico de pelo menos uma IST, sendo sífilis a mais comum (123, 18%), seguida por infecção por Chlamydia trachomatis (46, 7%), Neisseria gonorrhoeae (42, 6%) e condilomas genitais (32, 5%). Relativamente à infecção VIH, 329 (48%) doentes tinham infecção conhecida e 351 (52%) foram diagnosticados de novo. Estes eram significativamente mais jovens e recorreram mais frequentemente para rastreio. Nos doentes com infecção VIH conhecida encontrou-se maior frequência de antecedentes pessoais de IST, referenciação por parceiros, sintomatologia e diagnóstico de novas ISTs.Conclusões: Foi diagnosticada pelo menos uma IST (excepto VIH) em 40% dos indivíduos observados. Tal facto representa um problema importante não só porque uma IST concomitante aumenta o risco de aquisição de VIH (para os indivíduos diagnosticados de novo), mas também porque demonstra que os indivíduos com infecção VIH conhecida mantêm um padrão comportamental de elevado risco
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