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    COVID 19 e sua correlação com eventos trombóticos no sistema nervoso central / COVID 19 and its correlation with thrombotic events in the central nervous system

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    Introdução: A COVID-19 constitui-se uma síndrome causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 que vem assolando o mundo em proporções pandêmicas. Nesse contexto, publicações têm apontado a ocorrência de manifestações com potencial envolvimento neurológico. Objetivo: Sob essa perspectiva, o presente estudo tem por objetivo apresentar uma abordagem teórica reunindo dados e correlacionando a COVID-19 com eventos trombóticos no Sistema Nervoso Central. Material e Métodos: Foi realizada revisão bibliográfica sobre o tema em revistas científicas, reunido os dados encontrados nas fontes de consulta e, dessa forma, correlacionado os possíveis eventos trombóticos relacionados à COVID-19. Resultados e discussão: A incidência de Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEi) em pacientes positivos para COVID-19 permanece incerta. Um estudo realizado em Wuhan, na China, mostrou incidência de 2,34%, enquanto outro estudo realizado em Nova Iorque, mais atual, demonstrou incidência de 0,9%. A idade média dos pacientes acometidos foi de 63,4 anos e a maioria era do sexo masculino. As comorbidades que mais apareceram associadas ao quadro foram hipertensão arterial (64,5%), diabetes mellitus (42,6%) e hiperlipidemia (32%). Dentre os possíveis fatores causais, foi proposto que pacientes com infecções severas por COVID-19 podem desenvolver um estado hiperinflamatório precoce pela tempestade de citocinas que é seguida por um estado pró-trombótico e que é frequentemente complicado com tromboembolismo, tanto venoso quanto arterial, podendo as sequelas trombóticas como o infarto serem encontradas em fases precoces e tardias da infecção. De acordo com resultados de neuroimagem, os padrões mais encontrados de AVEi em pacientes positivos para COVID-19 foram trombose de grandes vasos, embolismo ou estenose (62,1%), seguido por padrão de território multi-vascular (26,2%) e em menor incidência, infarto de pequenos vasos. Conclusão: Diante dos fatos apresentados na discussão, fica notório que ainda não há um parâmetro concreto a respeito da relação da COVID-19 com eventos neurovasculares. Entretanto, há relatos de possíveis acometimentos quando o quadro é mais grave, principalmente de origens tromboembólicas, como demonstrado acima
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