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    Enfoques epistemológicos e tendências da pesquisa arquivística no contexto da produção massiva de informações e dos desafios éticos e sociais

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    No âmbito do Big Data, compreende-se por documentos de arquivo a conjugação de suas tradições com os desafios das novas configurações de suportes, formatos, estruturas organizacionais, relações sociais etc. Os desafios relacionados à disponibilidade de dados e informações em acesso aberto e à sua (re)utilização alcançam esses documentos, outrora tradicionais e, agora, massivamente digitais. A exemplo de planos de ação mais abrangentes (Nações Unidas, 2018), a gestão desses documentos orienta-se pelos pressupostos da sustentabilidade, dignidade, justiça, ética e responsabilidade social, pautando-se nos princípios e conceitos basilares da Arquivologia. Desde a organização da humanidade, os documentos de arquivo registram atividades individuais e coletivas (Cruz Mundet, 2001) e, a partir do século XVI, tornam-se objeto de estudo da disciplina que começa a ser delineada cientificamente, a Arquivologia (Duchein, 1992; Fonseca, 2004). A partir da Segunda Guerra Mundial, assiste-se à produção progressiva de dados e informações para atender às crescentes necessidades de inovação e de tomada de decisões (Schellenberg, 1974) e as consequentes preocupações quanto ao tratamento, controle e preservação da informação (Duchein, 1993). Recentemente, a concepção e o aperfeiçoamento de tecnologias digitais propiciaram a produção massiva de informações, cujos desdobramentos impuseram desafios em torno da organização, preservação e acesso à informação, retomando ideais difundidos no final do século XVIII, quando da Revolução Francesa (Duchein, 1983). Nesse contexto, a gestão de documentos contempla estratégicas para a adequada captura, organização, preservação, difusão e acesso físico, legal e intelectual (Taylor, 1984). A disponibilidade de documentos às demandas dos usuários, em acesso aberto, promove a (re)utilização de informações em seus múltiplos potenciais (sociais, legais, econômicos, políticos, etc). No campo da informação (Marques, 2011), formam-se “laços de jurisdição” (Abbott, 1988, p. 33, tradução nossa) de profissões que têm por objeto o tratamento de documentos e informações (e as disciplinas científicas a elas correspondentes), bem como princípios, conceitos, métodos e técnicas dessas disciplinas, tendo em vista a gestão do conhecimento, o acesso inclusivo, plural e equitativo. Nesse contexto, objetiva-se mapear os enfoques epistemológicos e as tendências da pesquisa arquivística, mediante uma pesquisa bibliográfica que retoma estudos fundadores do pensamento arquivístico (Duchâtel, 1841; Muller, Feith e Fruin, 1898; Casanova, 1966) e trabalhos mais atuais (Cook, 2012; Pereira, 2018) que situam os arquivos e a Arquivologia na sociedade contemporânea, enquanto partícipes nas transformações sociais, visando posicionar essa disciplina nos espaços científicos contemporâneos. Complementarmente, mediante consulta ao banco de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com os termos “Arquivologia”, “Arquivística” e “Arquivos” (FONSECA, 2004), analisa o escopo de discussão, os autores, os anos e a instituição de produção das pesquisas sobre arquivos e Arquivologia, produzidas nos programas de pós-graduação brasileiros, a partir dos anos 1970. Os resultados apontam para uma perspectiva intelectual (e não meramente física) dos conceitos fundadores, dos princípios e das práticas arquivísticas, tendo em vista a integridade dos conjuntos documentais; a preservação da sua organicidade, isto é, dos seus contextos de produção, organização e (re)usos; a gestão responsável de dados, informações, documentos, arquivamento e conhecimento diante do Big Data

    Enfoques epistemológicos e tendências da pesquisa arquivística no contexto da produção massiva de informações e dos desafios éticos e sociais

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    No âmbito do Big Data, compreende-se por documentos de arquivo a conjugação de suas tradições com os desafios das novas configurações de suportes, formatos, estruturas organizacionais, relações sociais etc. Os desafios relacionados à disponibilidade de dados e informações em acesso aberto e à sua (re)utilização alcançam esses documentos, outrora tradicionais e, agora, massivamente digitais. A exemplo de planos de ação mais abrangentes (Nações Unidas, 2018), a gestão desses documentos orienta-se pelos pressupostos da sustentabilidade, dignidade, justiça, ética e responsabilidade social, pautando-se nos princípios e conceitos basilares da Arquivologia. Desde a organização da humanidade, os documentos de arquivo registram atividades individuais e coletivas (Cruz Mundet, 2001) e, a partir do século XVI, tornam-se objeto de estudo da disciplina que começa a ser delineada cientificamente, a Arquivologia (Duchein, 1992; Fonseca, 2004). A partir da Segunda Guerra Mundial, assiste-se à produção progressiva de dados e informações para atender às crescentes necessidades de inovação e de tomada de decisões (Schellenberg, 1974) e as consequentes preocupações quanto ao tratamento, controle e preservação da informação (Duchein, 1993). Recentemente, a concepção e o aperfeiçoamento de tecnologias digitais propiciaram a produção massiva de informações, cujos desdobramentos impuseram desafios em torno da organização, preservação e acesso à informação, retomando ideais difundidos no final do século XVIII, quando da Revolução Francesa (Duchein, 1983). Nesse contexto, a gestão de documentos contempla estratégicas para a adequada captura, organização, preservação, difusão e acesso físico, legal e intelectual (Taylor, 1984). A disponibilidade de documentos às demandas dos usuários, em acesso aberto, promove a (re)utilização de informações em seus múltiplos potenciais (sociais, legais, econômicos, políticos, etc). No campo da informação (Marques, 2011), formam-se “laços de jurisdição” (Abbott, 1988, p. 33, tradução nossa) de profissões que têm por objeto o tratamento de documentos e informações (e as disciplinas científicas a elas correspondentes), bem como princípios, conceitos, métodos e técnicas dessas disciplinas, tendo em vista a gestão do conhecimento, o acesso inclusivo, plural e equitativo. Nesse contexto, objetiva-se mapear os enfoques epistemológicos e as tendências da pesquisa arquivística, mediante uma pesquisa bibliográfica que retoma estudos fundadores do pensamento arquivístico (Duchâtel, 1841; Muller, Feith e Fruin, 1898; Casanova, 1966) e trabalhos mais atuais (Cook, 2012; Pereira, 2018) que situam os arquivos e a Arquivologia na sociedade contemporânea, enquanto partícipes nas transformações sociais, visando posicionar essa disciplina nos espaços científicos contemporâneos. Complementarmente, mediante consulta ao banco de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com os termos “Arquivologia”, “Arquivística” e “Arquivos” (FONSECA, 2004), analisa o escopo de discussão, os autores, os anos e a instituição de produção das pesquisas sobre arquivos e Arquivologia, produzidas nos programas de pós-graduação brasileiros, a partir dos anos 1970. Os resultados apontam para uma perspectiva intelectual (e não meramente física) dos conceitos fundadores, dos princípios e das práticas arquivísticas, tendo em vista a integridade dos conjuntos documentais; a preservação da sua organicidade, isto é, dos seus contextos de produção, organização e (re)usos; a gestão responsável de dados, informações, documentos, arquivamento e conhecimento diante do Big Data

    Fauna used in popular medicine in Northeast Brazil

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    <p>Abstract</p> <p>Background</p> <p>Animal-based remedies constitute an integral part of Brazilian Traditional Medicine. Due to its long history, zootherapy has in fact become an integral part of folk medicine both in rural and urban areas of the country. In this paper we summarize current knowledge on zootherapeutic practices in Northeast of Brazil, based on information compiled from ethnobiological scientific literature.</p> <p>Methods</p> <p>In order to examine the diversity of animals used in traditional medicine in Northeast of Brazil, all available references or reports of folk remedies based on animals sources were examined. 34 sources were analyzed. Only taxa that could be identified to species level were included in assessment of medicinal animal species. Scientific names provided in publications were updated.</p> <p>Results</p> <p>The review revealed that at least 250 animal species (178 vertebrates and 72 invertebrates) are used for medicinal purposes in Northeast of Brazil. The inventoried species comprise 10 taxonomic categories and belong to 141 Families. The groups with the greatest number of species were fishes (n = 58), mammals (n = 47) and reptiles (n = 37). The zootherapeutical products are used for the treatment of different illnesses. The most widely treated condition were asthma, rheumatism and sore throat, conditions, which had a wide variety of animals to treat them with. Many animals were used for the treatment of multiple ailments. Beyond the use for treating human diseases, zootherapeutical resources are also used in ethnoveterinary medicine</p> <p>Conclusion</p> <p>The number of medicinal species catalogued was quite expressive and demonstrate the importance of zootherapy as alternative therapeutic in Northeast of Brazil. Although widely diffused throughout Brazil, zootherapeutic practices remain virtually unstudied. There is an urgent need to examine the ecological, cultural, social, and public health implications associated with fauna usage, including a full inventory of the animal species used for medicinal purposes and the socio-cultural context associated with their consumption.</p

    Domestication syndrome is investigated by proteomic analysis between cultivated cassava (Manihot esculenta Crantz) and its wild relatives

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    Cassava (Manihot esculenta Crantz) wild relatives remain a largely untapped potential for genetic improvement. However, the domestication syndrome phenomena from wild species to cultivated cassava remain poorly understood. The analysis of leaf anatomy and photosynthetic activity showed significantly different between cassava cultivars SC205, SC8 and wild relative M. esculenta ssp. Flabellifolia (W14). The dry matter, starch and amylose contents in the storage roots of cassava cultivars were significantly more than that in wild species. In order to further reveal the differences in photosynthesis and starch accumulation of cultivars and wild species, the globally differential proteins between cassava SC205, SC8 and W14 were analyzed using 2-DE in combination with MALDI-TOF tandem mass spectrometry. A total of 175 and 304 proteins in leaves and storage roots were identified, respectively. Of these, 122 and 127 common proteins in leaves and storage roots were detected in SC205, SC8 and W14, respectively. There were 11, 2 and 2 unique proteins in leaves, as well as 58, 9 and 12 unique proteins in storage roots for W14, SC205 and SC8, respectively, indicating proteomic changes in leaves and storage roots between cultivated cassava and its wild relatives. These proteins and their differential regulation across plants of contrasting leaf morphology, leaf anatomy pattern and photosynthetic related parameters and starch content could contribute to the footprinting of cassava domestication syndrome. We conclude that these global protein data would be of great value to detect the key gene groups related to cassava selection in the domestication syndrome phenomena

    Effects of Soil Water and Nitrogen on Growth and Photosynthetic Response of Manchurian Ash (Fraxinus mandshurica) Seedlings in Northeastern China

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    Soil water and nitrogen (N) are considered to be the main environmental factors limiting plant growth and photosynthetic capacity. However, less is known about the interactive effects of soil water and N on tree growth and photosynthetic response in the temperate ecosystem. seedlings. The seedlings were exposed to three water regimes including natural precipitation (CK), higher precipitation (HW) (CK +30%) and lower precipitation (LW) (CK −30%), and both with and without N addition for two growing seasons. We demonstrated that water and N supply led to a significant increase in the growth and biomass production of the seedlings. LW treatment significantly decreased biomass production and leaf N content, but they showed marked increases in N addition. N addition could enhance the photosynthetic capability under HW and CK conditions. Leaf chlorophyll content and the initial activity of Rubisco were dramatically increased by N addition regardless of soil water condition. The positive relationships were found between photosynthetic capacity, leaf N content, and SLA in response to water and N supply in the seedling. Rubisco expression was up-regulated by N addition with decreasing soil water content. Immunofluorescent staining showed that the labeling for Rubisco was relatively low in leaves of the seedlings under LW condition. The accumulation of Rubisco was increased in leaf tissues of LW by N addition. seedlings, which may provide novel insights on the potential responses of the forest ecosystem to climate change associated with increasing N deposition
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