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Automedicação em lesões dermatológicas por meio de plantas medicinais - revisão literária
A automedicação é um hábito comum entre brasileiros e ocorre tanto através de medicamentos quanto por meio de plantas medicinais. A rica biodiversidade brasileira aliada às informações não confiáveis propagadas via redes sociais e crendices populares contribuem para tal fenômeno, que se manifesta no tratamento de variadas patologias, incluindo as lesões e alterações dermatológicas percebidas pelo indivíduo. A automedicação pode trazer sérios riscos à saúde, agravando ou dificultando o reconhecimento de patologias dermatológicas. Esse estudo tem como objetivo identificar as principais plantas utilizadas para lesões dermatológicas sem acompanhamento profissional e seus consequentes riscos. Para tanto, realizou-se uma revisão de literatura narrativa nas plataformas Scielo, MedLine, BVSalud e Google Scholar nos últimos 10 anos, incluindo artigos em inglês e português. Percebeu-se que a finalidade de tratamento dermatológico através de plantas medicinais é pouco incidente diante de outras finalidades, sendo a Aloe vera, Dysphania ambrosioides, Myracrodruon urundeuva as plantas mencionadas pelas amostras. Apesar dos riscos da automedicação, não foi relatado nenhum efeito adverso e a associação entre efeito terapêutico e espécies de plantas foram feitas corretamente pelos indivíduos, mesmo que desconhecessem a possibilidade de reações negativas ao tratamento
A ESCASSEZ QUE NUTRE A DOENÇA: DESDOBRAMENTOS DA INSEGURANÇA ALIMENTAR NA SAÚDE GLOBAL
The systematic and lasting lack of regular access to quality food in sufficient quantities to sustain a healthy existence is an extremely important problem. Food and nutrition, as fundamental pillars for the promotion and preservation of health, play a crucial role in ensuring the integral development and quality of life of individuals integrated into a society. This research explores the consequences of food insecurity on global health, highlighting the underlying factors, their manifestations and the cascading effects that can perpetuate the cycle of disease. This is an integrative literature review, through a search in the Virtual Health Library (VHL), using the Health Sciences Descriptors (DeCS): "Food Insecurity" and "Social Vulnerability", crossed with the Boolean operator "AND". Inclusion criteria: articles related to the theme, freely available, in full text, in Portuguese, published in the last five years (2018-2023). And as exclusion criteria: articles that did not address the theme, repeated in the aforementioned database, as well as abstracts, course completion works, dissertations and theses. The results show that food insecurity contributes to malnutrition, exacerbating nutritional deficiencies and increasing vulnerability to infectious diseases, especially in already susceptible populations. The analysis also highlights distinct geographical patterns, with conflict-affected areas showing higher levels of food insecurity and adverse health consequences. Therefore, an integrated approach is essential to tackle food insecurity and its impacts on global health. Promoting sustainable food systems, reducing structural inequalities and global collaboration emerge as crucial elements to overcome the interconnected challenges. This study highlights the urgency of comprehensive interventions to mitigate the adverse effects of food insecurity and promote health on a global scale.A ausência sistemática e duradoura de acesso regular a alimentos de qualidade em quantidades suficientes para sustentar uma existência saudável constitui uma problemática de extrema relevância. A alimentação e nutrição, enquanto pilares fundamentais para a promoção e preservação da saúde, desempenham um papel crucial no asseguramento do desenvolvimento integral e da qualidade de vida dos indivíduos integrados em uma sociedade. Esta pesquisa explora os desdobramentos da insegurança alimentar na saúde global, destacando os fatores subjacentes, suas manifestações e os efeitos em cascata que podem perpetuar o ciclo da doença. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, mediante a busca na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Insegurança Alimentar” e “Vulnerabilidade Social”, em cruzamento com o operador booleano “AND”. Como critérios de inclusão: artigos relacionados à temática, disponíveis gratuitamente, em texto completo, em português, publicados nos últimos cinco anos (2018-2023). E como critérios de exclusão: artigos que não abordassem a temática, repetidos na base supracitada, além de resumos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses. Os resultados revelam que a insegurança alimentar contribui para a desnutrição, exacerbando deficiências nutricionais e aumentando a vulnerabilidade a doenças infecciosas, especialmente em populações já suscetíveis. A análise também destaca padrões geográficos distintos, com áreas afetadas por conflitos apresentando níveis mais elevados de insegurança alimentar e consequências adversas para a saúde. Portanto, a abordagem integrada é essencial para enfrentar a insegurança alimentar e seus impactos na saúde global. A promoção de sistemas alimentares sustentáveis, a redução de desigualdades estruturais e a colaboração global emergem como elementos cruciais para superar os desafios interconectados. Este estudo destaca a urgência de intervenções abrangentes para mitigar os efeitos adversos da insegurança alimentar e promover a saúde em escala global
Regionalização dos conteúdos de um curso de especialização em Saúde da Família, a distância: experiência da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS/UFCSPA) em Porto Alegre, Brasil
O objetivo desse estudo foi descrever o processo de criação dos conteúdos do Curso de Especialização em Saúde da Família (EspSF) promovido pela UNA-SUS/UFCSPA, modalidade a distância, de acordo com características de cada região onde o curso é ofertado. Parte do curso de EspSF é baseada na aprendizagem a partir de casos clínicos complexos. Alguns casos clínicos do curso foram personalizados de acordo com a região do país (norte, nordeste ou sul) onde o profissional atua, considerando características epidemiológicas e socioculturais de cada região. Com a adaptação de 12 casos complexos às realidades dos estados do Pará e de Sergipe, o curso, que foi inicialmente pensado a partir de características do estado do Rio Grande do Sul, pode ser oferecido aos referidos estados, mantendo a sua característica de fidedignidade às situações, as quais o profissional está exposto no seu cotidiano