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    Avaliação regional da pressão ambiental de estradas sobre riachos no Rio Grande do Sul

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    Estradas e rios interagem de diferentes formas. Estruturas de engenharia viária, como pontes e bueiros, podem afetar profundamente os ecossistemas aquáticos. Esse trabalho propõe realizar um diagnóstico regional das estradas como potencial fator de pressão sobre conservação de rios, através de três indicadores mensuráveis em escala de paisagem: densidade de estradas na paisagem, densidade de estradas na zona ripária e densidade de cruzamentos entre estradas e rios. As análises foram realizadas através de Sistema de Informação Geográfica (SIG), em uma área de 281.189 km² (Estado do Rio Grande do Sul). A área foi dividida em 5360 hexágonos (paisagens) de 50 km². O primeiro indicador, densidade de estradas, foi medido como o somatório de comprimentos de todos os segmentos de estrada em cada hexágono, dividido pela área do hexágono (km/km²); o segundo indicador, a densidade de estradas na zona ripária, foi medido como o somatório do comprimento de todos os segmentos de estrada na zona ripária, dividido pela área de zona ripária em cada hexágono (km/km²). A zona ripária foi definida como um buffer de 100 m em ambos os lados dos segmentos de rio. O terceiro indicador de pressão de estradas foi a densidade de cruzamentos entre estradas e rios, calculada como o número de cruzamentos estrada-rio dividido pelo somatório do comprimento de todos os segmentos de rios em cada hexágono (n° de cruzamentos/km de rio). Foram definidas cinco classes de pressão, com limiares de classe apoiados na literatura: nenhuma pressão (0 km/km²), baixa (de 0 a 0,5 km/km²), intermediária (de 0,5 a 1,5 km/km²), alta (de 1,5 a 4 km/km²) e muito alta (mais de 4 km/km²). A pressão de estradas foi avaliada considerando sete subunidades regionais representando a combinação de dois biomas (Pampa e Mata Atlântica) e quatro ecorregiões aquáticas (Baixo Uruguai, Alto Uruguai, Laguna dos Patos e Tramandaí-Mampituba) encontradas na área de estudo. Ao todo, 65,7% dos hexágonos foram classificados como pressionados (pressão intermediária a muito alta) pelo indicador densidade de estradas, já o indicador densidade de estradas na zona ripária possui 38,8% dos hexágonos classificados como pressionados, a densidade de cruzamentos possui 76,3% dos hexágonos pressionados. Os três indicadores podem ser analisados de forma independente para avaliar diferentes aspectos da pressão de estradas sobre riachos, e podem ser utilizados conjuntamente para compor um indicador global de pressão de estradas. Os resultados gerais da avaliação regional mostraram que a pressão de estradas sobre riachos é ampla geograficamente e relativamente severa, pois quando analisamos o mapa de pressão total (soma dos três indicadores de pressão), vemos que 74% da área de estudo está pressionada por estradas indicando ser este um problema potencialmente relevante do ponto de vista ambiental.Roads and rivers interact in different ways. Road engineering structures, such as bridges and culverts, can profoundly affect aquatic ecosystems. This work presents a regional diagnosis of roads as a potential pressure factor on the integrity of streams and rivers, through three measurable indicators at the landscape scale: density of roads in the landscape, density of roads in the riparian zone and density of intersections between roads and rivers. The analyses were carried out in Geographic Information System (GIS) environment, encompassing an area of 281,189 km² (the State of Rio Grande do Sul). The study area was divided into 5360 hexagons (landscapes) of 50 km². The first indicator, road density, was measured as the sum of the lengths of all road segments in each hexagon, divided by the area of the hexagon (km / km²); the second indicator, the density of roads in the riparian zone, was measured as the sum of the length of all road segments in the riparian zone, divided by the riparian area in each hexagon (km / km²). The riparian zone was defined as a 100 m buffer on both sides of the river segments. The third road pressure indicator was the density of intersections between roads and rivers, calculated as the number of road crossings divided by the sum of the length of all river segments in each hexagon (number of crossings / km of river). Five classes of pressure were defined, with class thresholds supported in the literature: no pressure (0 km/km²), low (0 to 0.5 km/km²), intermediate (0.5 to 1.5 km/km²), high (from 1.5 to 4 km/km²) and very high (more than 4 km/km²). Road pressure was evaluated considering seven sub-regional units representing the combination of two biomes (Pampa and Atlantic Forest) and four aquatic ecoregions (Baixo Uruguai, Alto Uruguai, Laguna dos Patos and Tramandaí-Mampituba) found in the study area. In all, 65.7% of hexagons were classified as significantly pressured (intermediate to very high pressure) by road density, while road density in the riparian zone had 38.8% of the hexagons classified as significantly pressured, the road crossing density had 76.3% of hexagons pressured. The three indicators can be analyzed independently to assess different aspects of road pressure on streams, or can be used together to compose a global road pressure indicator. The general results of the regional assessment showed that road pressure over streams is geographically wide and relatively severe, because when we analyze the total pressure map (sum of the three pressure indicators), 74% of the study area is under pressure from roads indicating that this is a potentially relevant problem from the environmental point of view

    Museu Anchieta de Ciências Naturais : um espaço científico-pedagógico de aprendizagens

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    Durante meu percurso escolar, tive o privilégio de estudar no Colégio Anchieta, uma das melhores escolas de Porto Alegre. Ao longo da minha escolarização básica, em especial, no Ensino Fundamental, tive a oportunidade de conhecer e frequentar um espaço de ensino-aprendizagem do colégio, atualmente denominado Museu Anchieta de Ciências Naturais. Os assuntos e conteúdos apresentados e ensinados no museu, eu entendia e aprendia com muito mais facilidade. O Museu Anchieta de Ciências Naturais é o museu escolar mais antigo do estado, sendo referência na área de História Natural e na relação entre Museologia e Educação. Considerando o valor e a importância das experiências e vivências no Museu Anchieta de Ciências Naturais definiu-se o principal objetivo desta investigação: identificar as especificidades deste museu, nos campos científico-pedagógicos, analisando-as de modo a evidenciar as peculiaridades das relações ensino e ciência, deste museu. O percurso metodológico foi composto por visitas ao Museu Anchieta, consulta ao acervo histórico e científico, observação da atividade Uma Noite no Museu e entrevista com a professora de Ciências responsável pelas atividades desta área no museu. Os dados obtidos foram transcritos e analisados baseando-se na técnica de pesquisa Análise de Conteúdo. A discussão e análise dos resultados mostrou que o Museu Anchieta de Ciências Naturais realiza com excelência um trabalho científico-pedagógico à comunidade escolar e, também, ao público em geral. Neste sentido, afirma-se o seu grande diferencial na medida em que promove e realiza atividades de caráter integrador, ou seja, àquelas que estabelecem relações entre ensino, ciência, música, dança, vídeo, luz, som, desenho, pintura, jogos e outros recursos. Museus escolares são valiosos espaços de ensino-aprendizagem e merecem ser difundidos por toda a rede de ensino

    As políticas públicas, com ênfase em saneamento, na bacia hidrográfica do Rio Gravataí

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    Saneamento Básico compreende os serviços de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto sanitário, estrutura para drenagem urbana e manejo de resíduos sólidos. A lei de saneamento básico brasileira estabelece a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) como instrumento de planejamento para a prestação dos serviços públicos, compatibilizado com os planos de bacias hidrográficas. O presente trabalho procurou avaliar a existência dos Planos Municipais de Saneamento Básico em oito municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, e verificar se estes Planos foram elaborados de acordo com o Plano de Bacia Hidrográfica. Para o levantamento de dados foram realizadas entrevistas com os responsáveis pelo PMSB de cada um dos municípios. Os dados foram sistematizados e estruturados em uma planilha. Quanto à análise dos dados, verificou-se que 75% dos municípios ainda não finalizaram o seu PMSB, alegando como principal problema a falta de recursos. Nos municípios que finalizaram o PMSB (25%), nenhum dos Planos está sendo executado. Em relação à compatibilização do PMSB com os Planos de Bacias Hidrográficas, apenas um município considerou as diretrizes propostas pelo Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

    As políticas públicas, com ênfase em saneamento, na bacia hidrográfica do Rio Gravataí

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    Saneamento Básico compreende os serviços de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto sanitário, estrutura para drenagem urbana e manejo de resíduos sólidos. A lei de saneamento básico brasileira estabelece a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) como instrumento de planejamento para a prestação dos serviços públicos, compatibilizado com os planos de bacias hidrográficas. O presente trabalho procurou avaliar a existência dos Planos Municipais de Saneamento Básico em oito municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, e verificar se estes Planos foram elaborados de acordo com o Plano de Bacia Hidrográfica. Para o levantamento de dados foram realizadas entrevistas com os responsáveis pelo PMSB de cada um dos municípios. Os dados foram sistematizados e estruturados em uma planilha. Quanto à análise dos dados, verificou-se que 75% dos municípios ainda não finalizaram o seu PMSB, alegando como principal problema a falta de recursos. Nos municípios que finalizaram o PMSB (25%), nenhum dos Planos está sendo executado. Em relação à compatibilização do PMSB com os Planos de Bacias Hidrográficas, apenas um município considerou as diretrizes propostas pelo Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí
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