17 research outputs found

    Evolução da biodiversidade de fauna silvestre nos canaviais sob cultivo orgânico e manejo ecológico.

    Get PDF
    Os estudos sobre o papel das áreas agrícolas na conservação da fauna silvestre ainda são muito incipientes. O tipo de manejo empregado nesses sistemas promoverá uma discriminação diferenciada sobre a composição dos povoamentos faunísticos. Esse projeto de pesquisa foi desenvolvido pela equipe da EMBRAPA Monitoramento por Satélite e pesquisadores colaboradores especialistas em fauna silvestre e visou detectar e caracterizar a biodiversidade de vertebrados em território delimitado. A área de estudo compreende um conjunto de fazendas com 7.868 hectares sob cultivo orgânico e manejo ecológico, localizadas na região de Ribeirão Preto, SP. A Usina São Francisco iniciou há mais de duas décadas processos de restauração ecológica dos ambientes circunvizinhos das áreas de plantio de cana-de-açúcar em sistema de produção orgânico, além da preservação dos remanescentes. O aumento significativo da biodiversidade ao curso dos anos foi fruto da emergência espacial da flora e da complexidade da vegetação restaurada nas Áreas de Proteção Permanente. Os resultados obtidos através da manutenção e regularidade do esforço amostral. Foram realizadas campanhas de levantamentos de dados e monitoramento da fauna durante todo o ano e ao longo dos anos, os resultados confirmaram a eficácia dos métodos empregados. Foram registradas e identificadas 337 espécies de vertebrados silvestres no conjunto dos dez ambientes amostrados (27 anfíbios, 23 répteis, 245 aves e 42 mamíferos), das quais 49 das espécies são consideradas ou estão sob algum risco ou ameaça de extinção no estado de São Paulo. O itinerário metodológico adotado para avaliar a biodiversidade faunística permitiu atingir os objetivos da pesquisa e revelou-se plenamente adequado e confirmou sua eficácia. Os resultados obtidos até o momento indicam que o cultivo em sistemas orgânicos, associado ao manejo ecológico tem favorecido uma biodiversidade faunística ampliada.Publicado também em: In: WORKSHOP AGROENERGIA MATÉRIAS-PRIMAS, 10., 2016., Ribeirão Preto, SP. Anais... Ribeirão Preto: IAC, 2016. 7 p

    Certificações agrícolas e o desenvolvimento sustentável no sistema de produção de cana-de-açúcar orgânica.

    Get PDF
    Dentre as atividades humanas, as explorações agrícolas, sem qualquer dúvida, estão incluídas como as de maior impacto econômico, social e ambiental. Atualmente, a prática agrícola convive com problemas, e assim, cresceram as formas de intervenção para compensar as perdas de produtividade agrícola. A certificação agrícola foi uma das estratégias de maior força e eficiência na correção destes problemas. Propostas de certificação do setor sucroalcooleiro foram desenvolvidas para promover o desenvolvimento sustentável, ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável. A área de estudo localiza-se na região nordeste do estado de São Paulo, em um total de 7.868 hectares entre os municípios de Sertãozinho e Barrinha. Ela compreende áreas agrícolas 100% certificadas para produção orgânica, ambientes naturais preservados e restaurados associados pertencentes à Usina São Francisco. O objetivo deste estudo foi discutir as informações referentes à avaliação do Resumo Público de Auditoria de Verificação na Usina São Francisco de acordo com a ?Norma da Agricultura Sustentável da Rede de Agricultura Sustentável-RAS/Imaflora?, no que tange a discussão da busca da sustentabilidade através da certificação agrícola. Atualmente a Usina São Francisco, têm os selos do IBD (Instituto Biodinâmico-IBD Certificações), e da ECOCERT. O sistema de produção estudado emprega a integração de técnicas agronômicas e ecológicas voltadas à produção orgânica promovendo uma grande transformação no agroecossistema e nas questões trabalhistas. Evidencia que a produção de cana-de-açúcar em larga escala é viável através do emprego de técnicas de agricultura orgânica, do manejo ecológico, do cumprimento das normas, princípios e legislação, adaptados a este sistema em questão.Publicado também em: In: WORKSHOP AGROENERGIA MATÉRIAS-PRIMAS, 10., 2016., Ribeirão Preto, SP. Anais... Ribeirão Preto: IAC, 2016. 7 p

    Restauração de áreas de preservação permanente: o caso dos eixos hidrográficos em cultivo de cana-de-açúcar, Sertãozinho - SP.

    Get PDF
    A restauração e conservação efetiva da biodiversidade em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e um grande desafio. As pesquisas e estudos ainda carecem de itinerários metodológicos, capazes de compreender a realidade ecológica das áreas a serem restauradas. Esta pesquisa visou a desenvolver e testar um protocolo metodológico para a restauração de cobertura vegetal dos eixos hidrográficos localizados em fazendas com cultivo de cana-de-açúcar na bacia do Rio Pardo, região de Sertãozinho, SP. Os objetivos principais são qualificar e mapear o ?status? da cobertura vegetal nas APPs e determinar os procedimentos de recuperação e restauração mais adequados, além do desenvolvimento de um itinerário metodológico adaptado. A área de estudo compreende cerca de 25.000 hectares, entre áreas agrícolas e de preservação permanente. Para mapear e tipificar o estado da cobertura vegetal das APPs foram utilizadas imagens do satélite QuickBird na escala 1:10.000. Após a interpretação foram realizadas diversas incursões a campo para qualificar o estado atual de restauração ao longo das APPs, todas as cartas geradas foram digitalizadas e georreferenciadas. Uma centena de fichas pré-codificadas foi preenchida nas diversas situações de paisagem dos eixos hidrográficos. Elas identificaram e qualificaram o local, os aspectos do meio físico, a composição e estrutura da vegetação e o grau de degradação em função de gramíneas adventícias invasoras. Esses dados recolhidos orientarão as ações para a restauração mais efetiva possível da cobertura vegetal e auxiliaram na identificação de 14 categorias de ambientes, com a cobertura vegetal diferenciada no conjunto das APPs. Porem, algumas situações são mais criticas e prioritárias para o manejo ou restauração, como as que estão inteiramente invadidas por gramíneas adventícias vicariantes. O tratamento das imagens de satélite associado as incursões de campo permitiram o mapeamento e a tipificação temática das situações das APPs, dimensionando no espaço as áreas prioritárias para restauração. Um elenco de medidas corretivas, como o controle sistemático das gramíneas invasoras, escolha das espécies vegetais adaptadas, monitoramento e acompanhamento da implantação das mudas, esta sendo obtido através da aplicação dos protocolos de campo e gerando mais conhecimento das particularidades em termos de condições solo e clima de cada tipo de unidade de paisagem. A escolha por essências atrativas devera ser priorizada para promover a zoocoria e conferir sustentabilidade

    Combustão do bagaço da cana-de-açúcar, autossuficiência energética e carbono neutro.

    Get PDF
    Este trabalho objetivou trazer um resumo do modelo de produção de energia a partir da combustão do bagaço da cana e autossuficiência energética na Usina São Francisco. Foi utilizada ampla revisão bibliográfica e análise de material documental. Os resultados do modelo de cogeração de energia adotado foram positivos. As caldeiras produzem vapor, convertido nas energias térmica, mecânica e elétrica que atende às necessidades de energia elétrica da Usina. Em junho de 1987, a Usina São Francisco, pela primeira vez no Brasil, comercializou um pequeno excedente de energia elétrica junto à rede de distribuição local, inaugurando o fornecimento à população de energia oriunda do bagaço de cana. A expansão do modelo de cogeração para outras usinas poderia atenuar o risco de blecaute do fornecimento de energia elétrica na região Nordeste do Estado de São Paulo no período de estiagem, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas é baixo. Além dessa vantagem estratégica, o sistema de cogeração de energia elétrica a partir da combustão do bagaço da cana é neutro em emissão de gases do efeito estufa, em oposição à geração de energia em termelétricas movidas por combustíveis fósseis, altamente emissoras

    Autossuficiência energética, carbono neutro e a produção de combustível renovável limpo.

    Get PDF
    Este trabalho objetivou trazer um resumo do modelo de produção de energia a partir da combustão do bagaço da cana, autossuficiência energética, carbono neutro e a produção de combustível renovável limpo na Usina São Francisco. Foi utilizada ampla revisão bibliográfica e análise de material documental. Os resultados do modelo de cogeração de energia adotado foram positivos. As caldeiras produzem vapor, convertido nas energias térmica, mecânica e elétrica que atende às necessidades de energia elétrica da Usina. Em junho de 1987, a Usina São Francisco, pela primeira vez no Brasil, comercializou um pequeno excedente de energia elétrica junto à rede de distribuição local, inaugurando o fornecimento à população de energia oriunda do bagaço de cana. A expansão do modelo de cogeração para outras usinas poderia atenuar o risco de blecaute do fornecimento de energia elétrica na região Nordeste do Estado de São Paulo no período de estiagem, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas é baixo. Além dessa vantagem estratégica, o sistema de cogeração de energia elétrica a partir da combustão do bagaço da cana é neutro em emissão de gases do efeito estufa, em oposição à geração de energia em termelétricas movidas por combustíveis fósseis, altamente emissoras

    Cultura orgânica da cana-de-açúcar, manejo ecológico e biodiversidade faunística associada.

    Get PDF
    Os estudos sobre o papel das áreas agrícolas na conservação da fauna silvestre ainda são muito incipientes. O tipo de manejo empregado nesses sistemas promoverá uma discriminação diferenciada sobre a composição dos povoamentos faunísticos. Esse projeto de pesquisa foi desenvolvido pela equipe da EMBRAPA Monitoramento por Satélite e pesquisadores colaboradores especialistas em fauna silvestre e visou detectar e caracterizar a biodiversidade de vertebrados em território delimitado. A área de estudo compreende um conjunto de fazendas com 7.868 hectares sob cultivo orgânico e manejo ecológico, localizadas na região de Ribeirão Preto, SP. A Usina São Francisco iniciou há mais de duas décadas processos de restauração ecológica dos ambientes circunvizinhos das áreas de plantio de cana-de-açúcar em sistema de produção orgânico, além da preservação dos remanescentes. O aumento significativo da biodiversidade ao curso dos anos foi fruto da emergência espacial da flora e da complexidade da vegetação restaurada nas Áreas de Proteção Permanente. Os resultados obtidos através da manutenção e regularidade do esforço amostral. Foram realizadas campanhas de levantamentos de dados e monitoramento da fauna durante todo o ano e ao longo dos anos, os resultados confirmaram a eficácia dos métodos empregados. Foram registradas e identificadas 340 espécies de vertebrados silvestres no conjunto dos dez ambientes amostrados (27 anfíbios, 25 répteis, 246 aves e 42 mamíferos), das quais 49 das espécies são consideradas ou estão sob algum risco ou ameaça de extinção no estado de São Paulo. O itinerário metodológico adotado para avaliar a biodiversidade faunística permitiu atingir os objetivos da pesquisa e revelou-se plenamente adequado e confirmou sua eficácia. Os resultados obtidos até o momento indicam que o cultivo em sistemas orgânicos, associado ao manejo ecológico tem favorecido uma biodiversidade faunística ampliada
    corecore