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    O ENSINO DE SOCIOLOGIA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFSC: uma contribuição ao debate sociológico e pedagógico

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    TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Curso de Ciências Sociais.Este estudo teve como objetivo investigar o ensino de Sociologia nos outros cursos de graduação da UFSC, quais sejam: Biblioteconomia, Psicologia, Odontologia, Nutrição, Economia, Administração, Serviço Social, Design e Jornalismo; e teve como objetivo geral analisar as potencialidades educativas e as limitações no ensino desta disciplina no que se refere à formação acadêmico-profissional. Para embasar tal pesquisa, fez-se um levantamento bibliográfico de trabalhos que problematizam os objetivos pedagógicos da disciplina de Sociologia; a formação em diversos cursos do ensino superior, sobretudo quanto à presença das Ciências Sociais nos currículos; e a política curricular para a educação superior. Como pesquisa documental, analisaram-se alguns documentos oficiais, tais como o projeto pedagógico institucional da UFSC e seu estatuto, as diretrizes curriculares nacionais do MEC para alguns cursos e seus respectivos projetos pedagógicos, com especial atenção à matriz curricular, o perfil do egresso e as ementas das disciplinas de Sociologia. Como pesquisa de campo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com professores de Sociologia que ministram/ministraram aulas nesses cursos e também com os coordenadores dos cursos que demandam a disciplina de Sociologia do departamento de Sociologia e Ciência Política (SPO). Devido à incipiência de reflexões acadêmicas em torno desse objeto específico de análise, pretende-se, portanto, não só contribuir com um panorama sobre a prática de ensino de Sociologia na formação profissional (em outros cursos) na UFSC, mas também apreender as expectativas institucionais materializadas nos documentos listados, bem como trazer a luz às percepções de professores e coordenadores sobretudo quanto a importância da Sociologia na formação profissional. Admitidas as potencialidades próprias da disciplina de Sociologia, de estimular os alunos para a capacidade reflexiva, contribuindo para a construção de um pensamento crítico e um saber relacional, isto é, atuando para uma formação mais humanista, percebeu-se que suas potencialidades educativas são defendidas como fundamentais na formação acadêmico-profissional; entretanto, suas possibilidades pedagógicas enfrentam vários obstáculos, que vão desde condições estruturais e institucionais desfavoráveis, àqueles que se apresentam dentro da sala de aula, no próprio processo ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Ensino de Sociologia. Currículo. Educaçã

    Potencialidades do ensino de Sociologia para o desenvolvimento da formação profissional em cursos de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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     Este estudo teve como objetivo investigar o ensino de Sociologia em cursos de graduação da UFSC (Biblioteconomia, Psicologia, Odontologia, Nutrição, Economia, Administração, Serviço Social, Design e Jornalismo) para analisar as potencialidades educativas e as limitações no ensino desta disciplina no que se refere à formação acadêmico-profissional. Foram analisados os documentos oficiais da UFSC, as diretrizes curriculares nacionais para cursos de graduação e as matrizes curriculares dos referidos cursos, os quais foram confrontados com os depoimentos dos coordenadores e dos professores de Sociologia que ministraram aulas nesses cursos. Pretendeu-se, contribuir com um panorama das expectativas institucionais e de seus sujeitos quanto à importância da Sociologia na formação profissional. Admitidas as potencialidades próprias da disciplina de Sociologia, de estimular os alunos para a capacidade reflexiva, contribuindo para a construção de um pensamento crítico e um saber relacional, isto é, atuando para uma formação mais humanista, percebeu-se que suas potencialidades educativas são defendidas como fundamentais na formação acadêmico-profissional; entretanto, suas possibilidades pedagógicas enfrentam vários obstáculos, que vão desde condições estruturais e institucionais desfavoráveis, àqueles que se apresentam dentro da sala de aula, no próprio processo ensino-aprendizagem

    Discursividades em torno da prevenção e controle de risco em saúde mental: a psiquiatria do desenvolvimento

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2020.No Brasil, a psiquiatria do desenvolvimento encontra um marco importante com a criação do Instituto Nacional da Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência (INPD) em 2009. Afirmando-se como o mais novo paradigma em psiquiatria e sob a justificativa de que a maior parte dos transtornos mentais tem origem na infância, especificamente no desenvolvimento cerebral, estabelece-se como objetivo principal de seus estudos a criação de tecnologias para a prevenção e controle de risco em saúde mental. Este estudo objetivou oferecer uma análise crítica, no âmbito da sociologia política, das relações de saber-poder que permeiam a constituição da psiquiatria do desenvolvimento no Brasil. Para tanto, realizou-se uma caracterização do INPD que permitiu observar sua organização dentro e fora do campo acadêmico, e identificar seus principais agentes do discurso e da prática. A partir de investigação bibliográfica e documental, analisaram-se os projetos e programas desenvolvidos por sua equipe de especialistas, e as estratégias mobilizadas na relação com outros universos sociais, como a escola e a família. Assim, foi possível evidenciar a mobilização de novas estratégias biopolíticas pela psiquiatria, tais como: a criação de novos diagnósticos, o desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas, além do investimento na formação de recursos humanos para atuar nacionalmente a partir dessa perspectiva. Os resultados dessa pesquisa apontam para um superdimensionamento do poder psiquiátrico sobre a vida, que agora cria e mobiliza diagnósticos de doenças não manifestadas, baseados em comportamentos que devem ser contidos por psicofármacos e pela orientação de condutas. Contando com amplo financiamento, público e privado, e credibilidade institucional, a psiquiatria do desenvolvimento vem conquistando cada vez mais espaço no campo acadêmico e fora dele. É possível afirmar, nesse sentido, que a legitimação deste \"novo paradigma\" em psiquiatria, que inclusive já serve como referência na formulação de políticas públicas, concorre para a ampliação do processo de medicalização da infância e do espaço escolar no Brasil.Abstract: In Brazil, developmental psychiatry finds an important milestone with the creation of the National Institute of Developmental Psychiatry for Children and Adolescents (INPD) in 2009. Affirming itself as the newest paradigm in psychiatry and under the justification that the majority of mental disorders originates in childhood, specifically in brain development, the creation of technologies for the prevention and control of risk in mental health is established as the main objective of these studies. This research aims to offer a critical analysis, within the scope of political sociology, of the relations of knowledge-power that permeate the constitution of developmental psychiatry in Brazil. To do so, a characterization of the INPD was carried out, allowing us to observe its organization inside and outside the academic field, as well as to identify its main agents of discourse and practice. Based on bibliographic and documentary research, the projects and programs developed by its team of specialists were analyzed, as well as the strategies mobilized in the relationship with other social universes, such as school and family. Thus, it was possible to evidence the mobilization of new biopolitical strategies by psychiatry, such as: the creation of new diagnoses; the development of new diagnostic and therapeutic technologies; in addition, to investing in training human resources to act nationally from this new perspective. The results of this research point to an overdimensioning of the psychiatric power over life, which now creates and mobilizes diagnoses of unmanifested diseases, based on behaviors that must be contained by psychotropic drugs and the guidance of conduct. With broad public and private funding, and institutional credibility, developmental psychiatry has been gaining more and more space in the academic field and beyond. It is possible to affirm, in this sense, that the legitimation of this \"new paradigm\" in psychiatry, which already serves as a reference in the formulation of public policies, contributes to the expansion of the process of medicalization of childhood and of the school space in Brazil
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