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Efeito residual de isoxaflutole após diferentes períodos de seca Residual effect of isoxaflutole under different dry periods
O presente trabalho objetivou estudar o efeito residual de diferentes doses de isoxaflutole sob diferentes condições de períodos de seca, após a aplicação do herbicida, em dois solos de textura contrastante. Para isso, foram realizados dois ensaios simultâneos: no primeiro foram utilizadas doses de 0, 230 e 270 g ha-1 de isoxaflutole em amostras de Latossolo Vermelho distroférrico nitossólico (textura argilosa); e, no segundo, as doses foram de 0, 180 e 200 g ha-1 em amostras de Latossolo Vermelho distrófico (textura franco-argilo-arenosa). Em cada ensaio, foram combinadas em esquema fatorial três doses, duas espécies bioindicadoras (Brachiaria decumbens e Panicum maximum) e sete períodos de seca após as aplicações do herbicida (0, 20, 40, 60, 80, 100 e 120 dias), com quatro repetições. As avaliações de controle foram feitas aos 15, 30, 45 e 60 dias após a semeadura dos bioindicadores. O isoxaflutole apresentou alta estabilidade (>97% de controle) no Latossolo Vermelho distroférrico nitossólico, independentemente da dose, do bioindicador e do período de seca avaliados. A estabilidade foi menor no Latossolo Vermelho distrófico, porém o efeito residual (>80% de controle) persistiu entre 25 e 50 dias e entre 50 e >120 dias, respectivamente, para B. decumbens e P. maximum, conforme dose (180 e 200 g ha-1) e dias após a semeadura analisados. Esse fato evidenciou a maior sensibilidade de P. maximum ao isoxaflutole do que B. decumbens, sendo a atividade residual deste herbicida maior no solo de textura argilosa.<br>This research was carried out to evaluate the residual activity of isoxaflutole applied under different conditions of simulated drought after herbicide application, in two soils of contrasting textures. Two experiments were simultaneously performed; in the first one rates of 0, 230 and 270 g ha-1 of isoxaflutole were applied to a heavy clay soil. In the second one, rates of 0, 180 and 200 g ha-1 were applied to a sandy clay loam soil. In both experiments, a 3 x 2 x 7 factorial combination (three rates, two bioindicators - Brachiaria decumbens and Panicum maximum, and seven drought periods after herbicide application - 0, 20, 40, 60, 100 and 120 days) was set, with four replicates. Visual control of bioindicators was evaluated at 15, 30, 45 and 60 days after sowing. Isoxaflutole was very stable on the clay soil (control >97%), despite the rates applied and bioindicator or drought periods evaluated. Herbicide stability was shorter at sandy clay loam soil, but consistent residual activity (control >80%) was persistent up to 50 days for B. decumbens and > 120 days for P. maximum. The results indicate that P. maximum is more sensitive to isoxaflutole than B. decumbens, and that residual activity of this herbicide was longer in clay soil
Controle de arroz-vermelho em dois genótipos de arroz (Oryza sativa) tolerantes a herbicidas do grupo das imidazolinonas Red rice control in two rice (Oryza sativa) genotypes tolerant to imidazolinone herbicides
A infestação por arroz-vermelho (Oryza spp.) constitui-se num dos principais fatores limitantes da produtividade de grãos do arroz irrigado. Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle de arroz-vermelho e o desempenho de dois genótipos de arroz irrigado, IRGA 422 CL e Tuno CL, tolerantes a herbicidas do grupo das imidazolinonas em resposta a doses e épocas de aplicações da mistura formulada de imazethapyr (75 g L-1) + imazapic (25 g L-1) (produto comercial Only®), em áreas com alta infestação de arroz-vermelho. O experimento foi conduzido em Santa Maria-RS no ano agrícola 2004/05. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em esquema bifatorial (2 x 10), com quatro repetições. O fator A foi composto por dois genótipos de arroz tolerantes às imidazolinonas, um cultivar (IRGA 422 CL) e um híbrido (Tuno CL); e o fator D, pelos tratamentos para controle de arroz-vermelho oriundos de combinações de doses e épocas de aplicação do herbicida. Constatou-se que o híbrido é mais tolerante ao herbicida Only®, quando comparado ao cultivar, sendo possível a utilização de dose total de até 200% no híbrido, em áreas com alta infestação de arroz-vermelho, sem afetar a produtividade. Porém é importante salientar que o incremento da dose do herbicida pode causar problemas de residual a culturas não tolerantes semeadas na seqüência.O controle de arroz-vermelho é total com aplicação fracionada do herbicida em pré e pós-emergência (PRÉ + PÓS), desde que o total aplicado não seja inferior a 125%. Essa condição é atendida pelo tratamento com 75% em PRÉ seguido de 50% em PÓS, o qual propicia a menor dose total entre aqueles com 100% de controle, não afetando a produtividade e apresentando fitotoxicidade semelhante ao tratamento com 100% em PÓS, utilizado como referência.<br>Red rice (Oryza spp.) is one of the main limiting factors to rice (O. sativa) yield. An experiment was carried out to evaluate red rice control and the behavior of two rice genotypes tolerant to the imidazolinone herbicides in response to imazethapyr (75 g L-1 ) + imazapic (25 g L¹ ) application rates and timing. The experiment was conducted in Santa Maria-RS, Brazil in 2004/2005 and was arranged in a factorial scheme, in a randomized block design, with four replications. Factor A included the two rice genotypes tolerant to the imidazolinones, a cultivar (IRGA 422 CL) and a hybrid (Tuno CL); and factor D included the treatments for red rice control, which was a combination of rates and herbicide application timing. The hybrid was found to be more tolerant to the herbicide only than the cultivar. Application rates up to 200% on the hybrid genotype could be done without affecting rice yield. It is important to state that increasing the rate of herbicide application can create carryover problems to non-tolerant crops. Red rice control was total with split application of imazethapyr + imazapic in PRE and POST emergence with the total rate above 125%. The most efficient treatment was application of 75% in PRE followed by 50% in POST, which was the lowest rate promoting 100% control, with relatively low toxicity to the cultivar and without affecting rice yield
Seletividade de herbicidas sobre Myracrodruon urundeuva (Aroeira) Selectivity of herbicides upon Myracrodruon urundeuva (Aroeira)
O objetivo deste trabalho foi verificar a seletividade de herbicidas utilizados em áreas de eucalipto sobreo crescimento de Myracrodruon urundeuva. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em duas épocas diferentes (2002 e 2003), em delineamento inteiramente casualizado, arranjado em esquema fatorial (5x4), sendo cinco herbicidas em quatro doses, com seis repetições. Os tratamentos, com as doses, foram: haloxyfop-methyl (0,00, 120, 240 e 480 g ha-1), sulfentrazone (0,00, 300, 600 e 1.200 g ha-1), isoxaflutole (0,00, 150, 300 e 600 g ha-1), oxyfluorfen (0,00, 720, 1.440 e 2.880 g ha-1); e glyphosate (0,00, 720, 1.440 e 2.880 g ha-1). Em ambos os experimentos foram avaliados: efeitos fitotóxicos do produto, número de folíolos, altura de plantas; no segundo, foi feita ainda a análise de clorofila a e b e de carotenóides. O herbicida que apresentou maior fitoxicidade e que comprometeu o desenvolvimento da aroeira foi o glyphosate, sendo, portanto, não recomendado para o controle de invasoras em áreas de plantio de aroeira. Os outros herbicidas não comprometeram o desenvolvimento desta planta, apresentando, por isso, potencial para uso no manejo de plantas daninhas no cultivo desta espécie.<br>The objective of this work was to verify the selectivity of herbicides applied in eucalyptus areas upon the growth of Myracrodruon urundeuva.. The experiment was carried out under greenhouse conditions during two seasons (2002 and 2003), in a completely randomized experimental design with five herbicides in four doses arranged in a factorial design 5x4, and six replicates. The treatments were: haloxyfop-methyl at the doses (0.00, 120, 240 and 480 g ha-1); sulfentrazone (0.00, 300, 600 and 1.200 g ha-1), isoxaflutole (0.00, 150, 300 and 600 g ha-1); oxyfluoren (0.00, 720, 1.440 and 2.880 g ha-1) and glyphosate (0.00, 720, 1.440 and 2.880 g ha-1) plant toxicity effects, number of leaflets and plant height were evaluated in both experiments and analyses of chlorophyll a and b and carotenoids were also conducted in the second. Glyphosate presented the highest plant toxicity, compromising the development of the aroeira plant, thus it is not recommended for weed control in aroeira planting areas. The other herbicides did not compromise the development of this plant, thus they can be potentially used in weed management control of this species