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Diversidade e estimativas de riqueza de aranhas em quatro fitofisionomias na Serra do Cachimbo, Pará, Brasil
Um inventário da fauna de aranhas foi realizado na Serra do Cachimbo, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, municĂpio de Novo Progresso, Pará. As coletas ocorreram em duas expedições, uma na estação seca (agosto e setembro de 2003) e outra na chuvosa (março e abril de 2004). Cada expedição contou com a participação de trĂŞs coletores. O esforço de amostragem foi de 240 amostras, sendo 96 atravĂ©s de guarda-chuva entomolĂłgico e rede de varredura, 96 atravĂ©s de coleta manual noturna e 48 por triagem manual e extratores de Winkler. Foi comparada a diversidade de aranhas de quatro tipos de vegetação, Floresta OmbrĂłfila Aberta, mata de galeria, áreas de Cerrado (Savana ArbĂłrea) e de Campina. As coletas resultaram em um total de 4.990 indivĂduos, dos quais 2.750 adultos. Foram identificadas 427 morfoespĂ©cies em 37 famĂlias, sendo as mais abundantes Theridiidae, Salticidae e Araneidae e as mais ricas em espĂ©cies Araneidae, Salticidae e Theridiidae. As espĂ©cies representadas por apenas um indivĂduo somaram 40% do total e apenas duas ultrapassaram cem indivĂduos. A curva de riqueza especĂfica estimada (ACE) atingiu 614 espĂ©cies. A maior diversidade alfa (Ăndice de Shannon-Wiener) foi encontrada em Floresta OmbrĂłfila, seguida pela mata de galeria, Campina e Cerrado. Tais diferenças entre as vegetações podem ser explicadas devido a variações na complexidade da vegetação e na disponibilidade de microhábitats em cada fitofisionomia