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    AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE Leishmania sp. ISOLADA EM PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA EM CÃES, ANALISADAS NO LABORATÓRIO DE DOENÇAS PARASITÁRIAS DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA – UFMS, ENTRE AGOSTO DE 2017 A SETEMBRO DE 2020.

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    A leishmaniose visceral, na sua forma zoonótica, é causada pelo protozoário Leishmania (Leishmania) infantum chagasi e transmitida pela picada do inseto vetor, dípteros da família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, e representa 20% do registro de casos da leishmaniose visceral humana mundial. Nos países onde é zoonótica, como o Brasil, os cães são considerados os principais reservatórios da doença urbana. Os sinais clínicos da leishmaniose visceral canina (LVC) compreendem principalmente perda de peso, linfadenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, onicogrifose e apatia, entretanto, até 80% dos cães que vivem em áreas endêmicas podem ter contato com a doença e não apresentar sintomatologia. Os métodos parasitológicos são exames considerados seguros para o diagnóstico da infecção por Leishmania spp., em razão da observação de formas amastigotas do protozoário diretamente nos tecidos do animal (TEIXEIRA et al., 2010) e a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) dos linfonodos tem sido o exame proposto para o diagnóstico (BRASIL, 2006). O objetivo do trabalho foi avaliar a frequência de Leishmania spp. isoladas em PAAF em cães, analisadas no Laboratório de Doenças Parasitárias da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul entre agosto de 2017 e setembro de 2020. As amostras foram recebidas em lâminas de microscopia após citologia por squash, coradas com kit panótico rápido LaborClin®, e observadas ao microscópio óptico no aumento de 100x em óleo de imersão. Das 539 amostras enviadas para diagnóstico, 28,20% (152/539) demonstraram formas amastigostas de Leishmania spp., enquanto 12,06% (65/539) apresentaram material insuficiente para leitura – presença de gordura ou sangue – e 59,74% (322/539) demonstraram resultados negativos. No que diz respeito à prevenção, o contato entre o vetor infectado e o cão deve ser evitado e medidas recomendadas aos cães soronegativos ou em tratamento envolvem uso de colar impregnado com deltametrina 4%, limpeza do ambiente voltada principalmente para matéria orgânica, uso de telas em canis individuais ou coletivos, exame sorológico prévio antes da doação, controle da população errante, uso de plantas que repelem insetos, bem como evitar passeios noturnos, pois é o horário de maior atividade dos flebotomíneos. Além disso, a vacinação pode ser uma estratégia recomendada, uma vez que não há tratamento que garanta a cura total da doença no cão. Em relação ao diagnóstico para a presença de amastigotas de Leishmania spp., o método de PAAF apresenta melhor sensibilidade, rápida execução e custo-benefício, entretanto, exige prática profissional tanto para a coleta do material quanto para a leitura da lâmina

    The relationships among Leishmania infantum and phyllostomid bats assessed by histopathological and molecular assays

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    Bats have been reported as reservoir host of Leishmania spp. worldwide, mostly by molecular detection. However, it is still unclear whether bats act as reservoirs of Leishmania infantum to sandflies vectors. In this sense, the investigation of amastigotes forms in the target organs, and the characterization of their associated inflammation, may help to clarify the epidemiological importance of bats in endemic areas for leishmaniasis. The aim of this work was to investigate the host-parasite relationships under microscopic evaluation and predict the epidemiological role of two phyllostomid bats species naturally infected by L. infantum in an endemic area for human leishmaniasis. Fragments of skin, liver and spleen of L. infantum positive and negative bats (Artibeus planirostris and Carollia perspicillata) by qPCR, were studied by histological and immunohistochemical techniques. Both groups, positive and negative, did not show differences in the histopathological study, presenting only discrete tissue changes. Liver and skin showed mild inflammatory reactions. Findings on spleen consisted of reactivity of the lymphoid follicles, expressive presence of apoptotic cells and macrophages containing abundant phagocytic cells debris. We did not find amastigote forms in tissues by histological and IHC techniques in positive qPCR bats. Our results allow us to hypothesize that phyllostomid bats seem to have an important role in reducing the risk of transmission, possibly acting as dead-end host
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