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    Consultoria colaborativa escolar do fisioterapeuta : acessibilidade e participação do aluno com paralisia cerebral em questão

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    A participação, convivência e socialização do aluno com paralisia cerebral (PC) na escola regular podem ser comprometidas pelas limitações na capacidade de locomoção, contole postural e uso das mãos. A ausência de adaptações do espaço físico, mobiliário escolar e recursos de tecnologia assistiva implica em maior prejuízo para o desempenho funcional e, conseqüentemente, para a qualidade de vida dessas crianças. Na perspectiva da inclusão escolar, o trabalho colaborativo entre profissionais especializados e educadores da escola comum pode representar importante estratégia de suporte à escolarização desses alunos. Esta pesquisa teve por objetivo verificar os efeitos de uma proposta de consultoria colaborativa promovida por fisioterapeuta junto às professoras de cinco alunos com PC. Estes alunos apresentam comprometimento funcional moderado ou grave e frequentam as séries iniciais do ensino fundamental em classe comum de escolas públicas municipais. Foram utilizados nove instrumentos para: a) avaliar a acessibilidade do ambiente físico escolar e identificar a necessidade e existência de adaptações que pudessem favorecer a mobilidade e participação dos alunos selecionados; b) avaliar suas habilidades funcionais e a necessidade de assistência para executá-las; c) investigar o conhecimento das professoras sobre PC, sua insegurança e dificuldades quanto ao atendimento dos alunos participantes; d) nortear a observação e registro sobre a participação desses alunos na escola; e) investigar a satisfação dos alunos participantes, seus pais e professoras em relação à consultoria prestada; e f) verificar a ocorrência de alterações da postura desses alunos ao utilizarem cadeira adaptada. Inicialmente, procedeu-se a um planejamento colaborativo da intervenção, a partir do conhecimento das necessidades dos alunos participantes e dificuldades de suas professoras. As ações centraram-se na acessibilidade à escola dos cinco alunos e na capacitação específica de suas professoras, abrangendo desde a promoção de orientações especializadas, até o desenvolvimento/implementação de adaptações de baixo custo com vistas à promoção de condições mais adequadas de posicionamento, mobilidade e participação desses alunos na escola regular. Foram indicados: 59 itens relacionados à adaptação/modificação do mobiliário escolar e espaço físico, sendo atendidos 39; 34 itens de tecnologia assistiva, dos quais sete não foram desenvolvidos; e 39 itens relacionados à adaptação do material escolar, dos quais quatro não foram contemplados. Após a intervenção, constatou-se melhora do alinhamento postural dos alunos participantes. Os pais indicaram que seus filhos com PC melhoraram a postura, as habilidades de alimentação, higiene e atividades acadêmicas. As professoras relataram melhora da segurança, auto-estima, coordenação e interesse desses alunos em participar das atividades e redução da necessidade de reposicioná-los na cadeira. Relataram, ainda, maior segurança em relação ao atendimento educacional e assistência aos alunos com PC. Foi possível concluir que o fisioterapeuta pode contribuir para o processo de inclusão escolar de alunos com PC através de consultoria colaborativa: promovendo capacitação específica aos professores e indicando/desenvolvendo adaptações do espaço físico/mobiliário escolar, equipamentos de tecnologia assistiva, atividades e materiais. Tal abordagem deve ser fundamentada nas necessidades dos alunos e dificuldades dos educadores, parecendo fundamental o conhecimento da rotina escolar, visto que as características dos diferentes contextos exercem importante impacto sobre a mobilidade e participação das crianças com PC

    Avaliação de Crianças com Diparesia Espástica Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)

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    As disfunções decorrentes da paralisia cerebral (PC), associadas à falta de adaptações ambientais podem resultar tanto no agravo da incapacidade e/ou das limitações da criança em desempenhar atividades funcionais, quanto em restrições à sua participação. Por isso, faz-se necessária a avaliação da funcionalidade dessa criança para melhor conhecer as atividades realizadas, bem como as condições de participação em contextos significativos ao seu desenvolvimento. Este estudo teve por objetivos avaliar a funcionalidade, classificar o desempenho e a capacidade e investigar a participação de crianças com PC do tipo diparesia espástica. O estudo envolveu três crianças com diagnóstico de PC do tipo diparesia espástica, deambuladoras, idade entre nove e treze anos, e suas mães. Os dados foram coletados por meio de entrevistas dos participantes mediante roteiro estruturado; e avaliação funcional das crianças, utilizando-se um instrumento fundamentado na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). Os resultados obtidos revelaram importantes limitações relacionadas principalmente às atividades de mobilidade e autocuidado das crianças com GMFCS II e III; e evidenciaram leve aumento da dificuldade no desempenho quando comparado à capacidade dos participantes. O instrumento fundamentado na CIF revelou-se útil e eficaz para investigar a funcionalidade de crianças com PC do tipo diparesia espástica em idade escolar, pois permitiu avaliar a capacidade e o desempenho e identificar tanto limitações na realização de atividades pelas crianças, como algumas restrições à sua participação.</p

    Contribuição da Fisioterapia para o bem-estar e a participação de dois alunos com Distrofia Muscular de Duchenne no ensino regular The contribution of Physiotherapy for the well-being and participation of two students with Duchenne Muscular Dystrophy in regular school

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    A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é a mais grave e incapacitante dentre as miopatias infantis. As crianças enfraquecem progressivamente, sendo comum o óbito por infecção respiratória no final da adolescência. Os primeiros sintomas são percebidos na idade pré-escolar por professores ou cuidadores. Este estudo teve por objetivo verificar os efeitos de uma proposta de consultoria colaborativa da fisioterapia junto às professoras de sala e de Educação Física de dois alunos com DMD, estendendo-se a visita ao ambiente domiciliar de um deles, que apresentava grave comprometimento funcional, no sentido de melhorar sua participação e conforto na escola e em casa, contextos significativos no convívio diário. Foram feitas visitas à escola dos dois alunos e à residência de um deles para investigação de suas necessidades reais. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com os alunos participantes, com suas professoras de sala e de Educação Física e com os pais daquele gravemente comprometido. As ações abrangeram adaptação da mobília escolar, materiais e recursos de baixa tecnologia para uso dos alunos com DMD e orientações especializadas às professoras participantes e aos pais do aluno mais comprometido. Constatou-se que a abordagem fisioterápica ecológica, orientada a adaptações ambientais e planejamento colaborativo de atividades, proporcionou algum apoio e conforto aos alunos participantes e favoreceu seu envolvimento/participação na escola, além de contribuir para a capacitação específica de suas professoras. Todavia, as adaptações na residência e a orientação aos pais revelaram-se medidas essenciais para proporcionar algum conforto e autonomia ao aluno gravemente comprometido, no ambiente domiciliar.Duchenne Muscular Dystrophy (DMD) is among the most serious and incapacitating childhood myopathies. Children progressively lose strength and usually die from respiratory infection by the end of their adolescence. The first symptoms are usually noticed in early childhood by teachers or caregivers. This study aimed to analyze the effects of collaborative consultation and planning proposal involving physiotherapy with classroom teachers and physical education teachers of two students with DMD, who presented severely limiting functional abilities; the objective was to improve their participation and comfort in the two most significant contexts of their daily lives: at school and at home. Visits to the two students' schools and to one of their homes were undertaken, in order to investigate their actual needs. Data was collected through interviews with the students, their parents, classroom teachers and physical education teachers. The strategies that were developed involved the adaptation of school furniture, acquisition of low tech materials and resources for the students' use and promotion of specialized orientations for the teachers involved and parents of the student with greater physical needs. It was possible to observe that the ecologic physiotherapy approach, aimed at environmental adaptations and collaborative planning of activities, provided some help and comfort for the participating students and enabled greater involvement/participation at school, besides contributing to the teachers' development. Furthermore, the adaptations of the students' homes and supervision of the parents were demonstrated to be essential measures as they provided some comfort and autonomy to the student with more severe limitations in the home environment

    Orientações de fisioterapia a mães de adolescentes com paralisia cerebral: abordagem educativa para o cuidar

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    Este estudo teve como objetivo verificar os efeitos de um programa de orientações fisioterápicas na qualidade de vida (QV) e nas habilidades de mães de adolescentes com paralisia cerebral (PC) quanto aos cuidados dos seus filhos. O estudo envolveu três adolescentes com PC, GMFCS IV e V, suas mães e três fisioterapeutas. Foram utilizados instrumentos a fim de avaliar a QV das mães, suas dificuldades relacionadas aos cuidados dos filhos com PC e a acessibilidade domiciliar. Os dados nortearam a intervenção que envolveu orientações e treinamento de habilidades específicas sobre cuidados com os filhos e consigo próprias; fornecimento de adaptações e material ilustrado. Houve boa adesão das mães à proposta. Ao final, apenas uma mãe apresentou melhora na pontuação do questionário sobre QV, embora todas tenham avaliado positivamente a intervenção. As mães destacaram a necessidade de mais tempo durante os encontros para realizarem seus exercícios de autoalongamento e relaxamento; e indicaram melhora das habilidades relacionadas aos cuidados dos filhos, com persistência de dificuldades em algumas manobras terapêuticas, atividades de transferências e banho. A dificuldade na execução dessas atividades pode ser devida à complexidade e/ou por serem extenuantes, principalmente, na ausência de recursos de tecnologia assistiva ou de alguém para auxiliá-las. A existência de dúvidas e dificuldades reforça a importância de orientações e treinamento de habilidades das mães de adolescentes gravemente comprometidos, a partir da análise de suas necessidades na rotina diária a fim de contribuir para sua capacitação quanto aos cuidados de si e dos filhos
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