306 research outputs found
Qual a idade mais antiga da Faixa Piritosa? Nova idade Givetiano inferior para o Grupo Filito-Quartzítico (Anticlinal de S. Francisco da Serra, Faixa Piritosa)
A análise palinoestratigráfica de xistos negros do Grupo Filito-Quartzítico, recolhidos na sondagem M-1, na região do Anticlinal de S.
Francisco da Serra, no sector mais a oeste da Faixa Piritosa Ibérica, proporcionou a obtenção de uma associação de mioesporos,
moderadamente preservada, o que permitiu identificar a parte superior da Biozona de Miosporos AD, subzona Lem, de idade
Givetiano inferior (Devónico Médio). Trata-se da idade mais antiga identificada, até ao momento, na Faixa Piritosa Ibérica
Qual a idade mais antiga da Faixa Piritosa? Nova idade Givetiano inferior para o Grupo Filito-Quartzítico (Anticlinal de S. Francisco da Serra, Faixa Piritosa)
A análise palinoestratigráfica de xistos negros do Grupo Filito-Quartzítico, recolhidos na sondagem M-1, na região do Anticlinal de S.
Francisco da Serra, no sector mais a oeste da Faixa Piritosa Ibérica, proporcionou a obtenção de uma associação de mioesporos,
moderadamente preservada, o que permitiu identificar a parte superior da Biozona de Miosporos AD, subzona Lem, de idade
Givetiano inferior (Devónico Médio). Trata-se da idade mais antiga identificada, até ao momento, na Faixa Piritosa Ibérica
Datações preliminares da Formação de Vale de Parreiras de idade Famenniano superior, Faixa Piritosa Ibérica, Portugal, com base em palinomorfos
ABSTRACT: New palynostratigraphic data were obtained from phyllites interbedded with quartzwackes of the Vale de Parreiras Formation, located to the south of the Grândola Fault in the Azinheira de Barros region, Portugal. The studied outcrops are located in the eastern bank of the Sado river. A mid-late Famennian age has been assigned based on significant presence of the key miospore species Grandispora cf. cornuta and Rugospora flexuosa, indicating a VCo Miospore Biozone for the Vale de Parreiras Formation. This age is older than previously considered for this formation, even despite the lack of palaeontological information and geochronological age determinations. This new attained palynological age provides helpful informations for the interpretation of regional tectonic structures. Also, its stratigraphic position could be reinterpreted and correlated to other late Famennian age units of Iberian Pyrite Belt, for instance, to the Phyllite-Quartzite Group. The new palynological age indicates that the Vale Parreiras Formation lithologies were deposited and belong to the same palaeogeographic realm as the former group during Late Devonian times. It may also suggest important post Variscan uplift of the Iberian Pyrite Belt in the area east of the Corona-Sado Fault and south of the Grândola Fault. These results also indicate a significant exposure of the mid-late Famennian basement wich can be considered a less favourable scenario to mineral exploration in this Iberian Pyrite Belt sector.RESUMO: Dados palinoestratigráficos obtidos recentemente permitiram datar os filitos intercalados em quartzovaques da Formação Vale de Parreiras, situada na área noroeste da Faixa Piritosa Ibérica (FPI), em Portugal. Os afloramentos estudados localizam-se a sul da falha de Grândola, na margem este do rio Sado. A presença das espécies guia Grandispora cf. cornuta e Rugospora flexuosa, indicam a Biozona de Miosporos VCo, do Famenniano médio a superior, permitindo atribuir esta idade à Formação Vale de Parreiras. Esta datação pressupõe uma idade mais antiga que a previamente estimada para esta formação por correlação estratigráfica, mas sem dados paleontológicos de suporte. A nova idade palinológica alcançada fornece informações úteis para a interpretação das estruturas tectónicas regionais. A posição estratigráfica da Formação Vale de Parreiras pode ser reinterpretada e correlacionada com outras unidades do Famenniano superior da Faixa Piritosa Ibérica, nomeadamente com o Grupo Filito-Quartzito. Estes dados permitem inferir que a Formação Vale de Parreiras faria parte desta bacia paleogeográfica, durante o Devónico Superior. A nova idade palinológica da Formação Vale de Parreiras sugere um importante uplift pós-Varisco neste setor da FPI, localizado a este da falha de Corona-vale do rio Sado e a sul da falha de Grândola. Estes resultados sugerem ainda uma forte exposição do substrato Famenniano, sendo por isso, considerado um cenário menos favorável à exploração mineral nesta região da Faixa Piritosa Ibérica.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Industrialização e Alteração da Paisagem no Alentejo: Da Pirite de S. Domingos ao Mármore do Anticlinal de Estremoz
A região do Alentejo, pese embora a sua génese agrária, conheceu a partir de meados
do século XIX uma progressiva modernização industrial, na qual se destacam as explorações dos recursos minerais do subsolo.
Esta actividade extractiva milenar desenvolveu-se, já em moldes modernos, para o século XIX em torno da Pirite do Baixo Alentejo, à qual se lhe juntaria no século seguinte os mármores do Anticlinal de Estremoz.
Estas explorações constituem focos de uma industrialização singular em contexto rural,
afirmando-se como especificidades sub-regionais, paralelas ao “quadro tradicional” do Alentejo, marcado pela paisagem de trigo e montado. Pela importância dos seus recursos geológicos, estas explorações constituíram-se como agentes activos na criação de locais patrimoniais, ao darem origem não só a um património industrial riquíssimo, como também a paisagens em constante transformação.
A exploração de uma mina ou pedreira requer a agilização de múltiplos processos. Tratam-se de obras de engenharia, demarcadas pelo seu tempo histórico, acompanhando ciclos produtivos e limitadas pela duração da utilidade da matéria extraída. Para isso, convocavam elementos precisos da ciência e da técnica, cujo resultado final se apresenta perante a modificação definitiva do solo e do subsolo, deixando na sua paisagem sinais evidentes de focos de industrialização nacional, passíveis de serem equiparados à áurea europeia
Evaluation of the mining potential of the São Domingos mine wastes, Iberian Pyrite Belt, Portugal
Abstract: The outcropping São Domingos Iberian Pyrite Belt deposit was mined since Roman time and between 1857 and 1966. The mine is formed by a 120 m depth flooded open pit and galleries until 420 m depth. Associated with felsic volcanic rocks and black shales of the Volcano-Sedimentary Complex, the deposit is formed by massive sulphide and stockwork ore (py, ccp, sp, ga, tt, apy) and related supergene enrichment ore (hematite gossan and covellite/chalcocite). Different mine wastes classes were mapped: gossan, felsic volcanic and shales, shales and landfill. Considering the CONASA mining waste characterization (162 shafts and 160 reverse circulation boreholes/LNEG database), new inferred resources are presented, using block modelling software: 2.38 Mt @ 0.77 g/t Au and 8.26 g/t Ag in non-conditioned volumes. Considering all evaluated wastes, including urban areas, an inferred resource of 4.0 Mt @ 0.64 g/t Au and 7.30 g/t Ag is presented, corresponding to a metal content of 82,878 oz t Au and 955,753 oz t Ag.
Keywords: São Domingos mine, mining wastes resources, Iberian Pyrite Belt
Levantamentos geofísicos no setor português da Faixa Piritosa Ibérica: perspetiva global da sua importância em prospeção de sulfuretos maciços e interpretação geológica
ABSTRACT: The application of geophysical techniques to massive
sulphide deposits exploration has proven to be a success in the Iberian
Pyrite Belt (IPB) metallogenetic province, both in Portugal and in Spain.
Several hidden deposits were discovered through the interpretation of
geological models, supported by geophysical data collected in land and
airborne surveys, as well as applied using down hole techniques in
selected drill holes. This paper presents an overview of the methodologies
applied in Portugal in the South Portuguese Zone (SPZ) geological
domain, where the IPB is included, mostly by the LNEG and mining
companies, with emphasis on the interpretation of the regional gravity,
magnetometry and radiometry surveys, published in 1/400 000 scale by
the EXPLORA/Alentejo2020 Project. In this regional mapping program,
the large volume of data collected by LNEG and mining companies since
the 1960’s was compiled and processed. The integrated interpretation and
correlation between these methods will enable a better planning of new
IPB exploration investments. IPB Volcano-Sedimentary Complex (VSC,
Famennian to Late Visean age) lineaments are well defined in the gravity
and magnetic fields along the IPB western region (e.g. Alcoutim/Neves Corvo/Montinho/Sesmarias/Lousal/Caveira). Aeromagnetic data also
reflect deep and large anomalies related with the SPZ basement. A rock
density database is presented and used to interpret the gravity data.
Radiometric map (Natural Radioactivity), based mostly in airborne
radiometric surveys, show contrasts between rocks in Paleozoic,
Mesozoic and Cenozoic formations and correlations with geological and
hydrothermal mapping are highlighted. The use of geophysical
techniques is particularly critical in areas where VSC is concealed by
younger sediments (e.g. Baixo Alentejo Flysch Group and/or Cenozoic
formations), allowing the selection of target areas. Case studies are
discussed based on electromagnetic, seismic and magnetotelluric methods
and on the high mineral potential of defined targets. Multilayered data
correlation (geophysics including petrophysical data, geochemistry and
stratigraphic high-resolution models) is a key prospecting methodology
and is essential for the accurate modelling of ore horizons and geological
structures. Considering the IPB potential for VMS deposits, including the
possible discovery of new giant (> 200 Mt) deposits, an increase of
investment in new geophysical methods can be predicted. LNEG
development of R&D projects such as EXPLORA/Alentejo2020 and
SmartExplorationTM/H2020 also contribute to a favourable setting in the
province, both in near mining and green fields scenarios. Thus, new
discoveries are expected, like others made in the recent times in the IPB
Portuguese sector, such as Lagoa Salgada (SFM, 1992, SFM;
Redcorp/EDM, 2011; Redcorp/Ascendant/EDM, 2017), Semblana
(Somincor-AGC-Lundin Mining, 2010), Monte Branco (Somincor Lundin Mining, 2012) and Sesmarias (Maepa/Avrupa, 2014). The
importance of these data goes beyond the mineral exploration purpose.
Since some of them use rock and mineral physical properties that can be
related with environmental contamination (e.g. radiometry and
magnetics) they can also be used in geochemical background studies, acid
mine drainage and metal dispersion. Therefore, they can also promote a
deeper knowledge in other areas of research related with environment
preservation.RESUMO: A aplicação de técnicas de prospeção geofísica na pesquisa de
jazigos de sulfuretos maciços na Faixa Piritosa Ibérica (FPI) tem-se
revelado um sucesso em Portugal e em Espanha. Vários jazigos ocultos
foram descobertos a partir da interpretação de modelos geológicos, com o
apoio de dados geofísicos recolhidos em levantamentos terrestres,
aerotransportados ou em profundidade, em sondagens (diagrafias). Neste
artigo, apresenta-se uma análise das metodologias aplicadas
principalmente pelo LNEG e empresas mineiras em Portugal, na Zona
Sul Portuguesa (ZSP), onde se insere a FPI. Destaca-se a interpretação
dos levantamentos regionais, esc. 1/400 000, de gravimetria,
magnetometria e radiometria (EXPLORA/Alentejo2020). Nestes
programas, foi feito o processamento de um volume de informação
significativo, a partir de dados obtidos desde a década de 1960. Neste
contexto indicam-se diversos alinhamentos de gravimetria e de
aeromagnetometria relativos a unidades geológicas com elevado
potencial mineiro, como o Complexo Vulcano-Sedimentar (CVS, idade
Famenniano a Viseano sup.), sobressaindo o eixo Alcoutim/Neves Corvo/Montinho/Sesmarias/Lousal/Caveira. Os dados de
aeromagnetismo refletem também anomalias com origens mais profundas
e relacionadas com a estrutura basal da ZSP. A base de dados de
densidades de rocha é utilizada na interpretação gravimétrica da FPI. O
mapa radiométrico (Radioatividade Natural), baseado fundamentalmente
em radiometria aeroportada (contagens totais) mostra o contraste à
superfície de litologias das formações paleozoicas, mesozoicas e
cenozoicas, sendo salientado, no primeiro caso, a sua correlação com a
cartografia de alterações hidrotermais. Em áreas onde o CVS se encontra
subjacente sob sedimentos mais recentes (ex. Grupo Flysch Baixo
Alentejo e formações cenozoicas), o uso de técnicas geofísicas é
fundamental para a seleção de alvos. São também descritos exemplos
sobre a aplicação de métodos eletromagnéticos, sísmicos e
magnetotelúricos na identificação e caracterização de estruturas
geológicas. A análise integrada de diferentes métodos geofísicos,
complementados com informação geológica e geoquímica, constitui a
melhor metodologia de prospeção, sendo essencial para a pesquisa de
horizontes de mineralização. Considerando a FPI como uma das principais províncias metalogenéticas do mundo, é expectável que
venham a ocorrer mais investimentos e assim serem identificados novos
jazigos, inclusive com dimensão superior a 200 Mt. Através de projetos
ID como o EXPLORA/Alentejo2020 e SmartExplorationTM/H2020 o
LNEG contribui para um melhor conhecimento na FPI em cenários de
prospeção near mining e green fields. Nesta perspetiva, são esperadas
novas descobertas de jazigos à semelhança do que tem acontecido em
Portugal, como por exemplo Lagoa Salgada (SFM-1992, Redcorp/EDM 2011, Redcorp/Ascendant/EDM-2017), Semblana (Somincor-AGC Lundin Mining, 2010), Monte Branco (Somincor-Lundin Mining, 2012) e
Sesmarias (Maepa/Avrupa, 2014). A importância destes dados vai muito
para além da prospeção mineira. Uma vez que alguns métodos utilizam
propriedades físicas que podem ser relacionadas com contaminações
ambientais. Certos métodos geofísicos como radiometria e
magnetometria, resistividade e métodos elétricos em geral, podem ser
utilizados também em trabalhos de investigação sobre background
geoquímico, drenagem ácida de mina e dispersão de metais. Desta forma,
a aplicação destes métodos promove também um conhecimento mais
aprofundado noutras áreas de investigação relacionadas com a
preservação do ambiente.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Estudo palinostratigráfico do setor Malhadinha, região NE Alvares, concelho de Mértola, Faixa Piritosa Ibérica
Cartografia geológica realizada pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) acompanhada por estudos palinostratigráficos na região de Malhadinha, NE de Alvares, localizada no setor WNW da Faixa Piritosa Ibérica (FPI), concelho de Mértola, possibilitaram o conhecimento de detalhe da estratigrafia local. Apresentam-se as idades obtidas por palinologia para as formações Barranco do Homem e Filito-Quartzítica, ambas de idade do Famenniano superior, e Freixial, de idade do Viseano superior, correlacionando-se os dados obtidos com a geologia regional da FPI. Os dados obtidos confirmam o predomínio de estruturas alóctones no setor norte da Faixa Piritosa, entre Alvares e a fronteira espanhola.Geological mapping performed by the National Laboratory of Energy and Geology (LNEG) and palynostratigraphic studies carried out in Malhadinha region, NE of Alvares village, located in the northern sector of the Iberian Pyrite Belt (IPB), WNW of Mértola, allowed to obtain a detailed knowledge of the local stratigraphy. Age data obtained by palynology to the Barranco do Homem (upper Famennian age), Phyllite-Quartzite (upper Famennian age), and Freixial (Visean age), formations are presented and discussed according to the IPB regional geological setting. The age data confirm the predominance of alloctonous tectonic structures in the studied region, in line with previous structural interpretations for the North Sector of the Portuguese part of the Iberian Pyrite Belt.(undefined
- …