3 research outputs found

    Mental illness among 500 homeless people in Lisboa, Portugal

    Get PDF
    Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021Introdução: O grande peso da doença mental nos sem-abrigo está bem documentado mundialmente. Em Lisboa, Portugal, um estudo de 2002 indicou uma alarmante prevalência de 96% de doença mental nesta população. Objectivos: Estudar o perfil sociodemográfico dos sem-abrigo com doença mental, em Lisboa, Portugal, e a relação destes com o Sistema Nacional de Saúde português. Tentar compreender que fatores influenciam o número e duração dos internamentos psiquiátricos destes sem-abrigo. Métodos: Realizámos um estudo transversal, recolhendo dados durante 4 anos, entre sem-abrigos, em Lisboa, Portugal, referenciados como possíveis doentes psiquiátricos ao Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL). Reunimos dados de 500 sem-abrigo, procurámos correspondências de doentes na base de dados eletrónica do CHPL e obtivemos 467 correspondências. Resultados: O diagnóstico psiquiátrico mais comum foi o abuso de drogas (34%), depois abuso de álcool (33%), perturbação de personalidade (24%) e perturbação aguda de stress (23%). Sessenta e dois por cento dos doentes tinham diagnóstico múltiplo, um subgrupo com seguimento hospitalar psiquiátrico mais longo, mais internamentos psiquiátricos e internamentos psiquiátricos mais longos. O achado mais interessante do nosso estudo foi a elevada prevalência de perturbações psicóticas: psicose orgânica (17%), esquizofrenia (15%), psicose sem outra especificação (14%) e perturbação esquizoafectiva (11%), que quando combinadas, em conjunto, estavam presentes em mais de metade (57%) dos nossos doentes sem-abrigo. Conclusões: Os sem-abrigo com diagnóstico múltiplo têm mais necessidades em saúde mental e piores determinantes de saúde. Esforços para identificar e abordar este subgrupo de sem-abrigos com doença mental são necessários de modo a melhorar o seu tratamento e prognóstico.Introduction: The high burden of mental illness in the homeless is well documented worldwide. In Lisboa, Portugal, a study of 2002 pointed to a worrying prevalence of 96% of mental illness in this population. Objectives: Our goal was to identify the demographic profile of the mentally ill living as homeless in Lisboa, Portugal, and their relationship with the national healthcare system. We also tried to understand which factors contribute to the number and duration of psychiatric admissions among these homeless. Methods: We used a cross-sectional design, collecting data for 4 years among homeless people, in Lisboa, Portugal, that were referred as possible mentally ill patients to Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL). In total, we collected data from 500 homeless people, then cross-checked these homeless in our CHPL hospital electronic database and obtained 467 patient matches. Results: The most common psychiatric diagnosis in our sample was drug abuse (34%), followed by alcohol abuse (33%), personality disorder (24%), and acute stress reaction (23%). Sixty-two percent of our patients had multiple diagnoses, a subgroup with longer follow-ups, more psychiatric hospitalizations, and longer psychiatric hospitalizations. The most striking finding in our study was the high prevalence of psychotic disorders: organic psychosis (17%), schizophrenia (15%), psychosis not otherwise specified (14%), and schizoaffective disorder (11%), that combined altogether were present in more than half (57%) of our homeless patients. Conclusions: The homeless with multiple diagnoses have higher mental health needs and worse determinants of general health. An ongoing effort is needed to identify and address this subgroup of mentally ill homeless to improve their treatment and outcomes
    corecore