O objetivo deste trabalho é de articular reflexões sobre o neoliberalismo e seus possíveis impactos nos sujeitos a partir da perspectiva do discurso organizacional e sua influência nos funcionários. Para tanto, estuda-se o neoliberalismo a partir da sua performance psicológica, compreendendo que os discursos das organizações geram efeitos concretos em diversos âmbitos e, portanto, configuram-se como mecanismos de poder. Fazendo uso de estratégias e atuando em esferas distintas, as corporações se legitimam em um novo patamar de significação, onde se observa cada vez mais a prioridade do trabalho na sociedade. Sendo assim, a metodologia adotada consiste na pesquisa bibliográfica dos temas debatidos e em uma investigação empírica e exploratória dos valores e princípios de três multinacionais (Ambev, Grupo Pão de Açúcar e Eurofarma), que estão entre as empresas de destaque sobre diversidade de acordo com a revista Exame (“A Metodologia que Embasa o Guia Exame Diversidade”, 2021). Como categorias de análise, utilizou-se 10 contornos da subjetividade empreendedora apresentados por Scharff (2016), definidos com o objetivo de abordar a vida psíquica do neoliberalismo. A partir disso, observamos que tais discursos são permeados pela positividade e por elementos que buscam reconfigurar as noções de responsabilidades e obrigações, assim como por características individualizantes e psicológicas, sugerindo que o poder do neoliberalismo talvez atue em um nível mais profundo da autoexploração
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