Comparação da relação I/Q funcional entre o membro inferior parético e não-parético, em indivíduos acometidos por AVE

Abstract

Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Curso de Fisioterapia, 2016.A relação isquiotibiais/quadríceps funcional (I/QF) baseia-se no cálculo da força máxima excêntrica dos isquiotibiais pela força máxima concêntrica do quadríceps. Esse índice pode ser útil no âmbito do acidente vascular encefálico (AVE), ao aprofundar a compreensão da estabilização do joelho durante a marcha. O objetivo foi comparar a relação I/QF dos membros inferiores do lado parético e não-parético, em indivíduos acometidos pelo AVE. Participaram 56 indivíduos de ambos os sexos, divididos nos grupos: (1) Indivíduos acometidos pelo AVE (GAVE) e (2) indivíduos sem lesão encefálica (grupo controle; GCONT). Utilizou-se dinamômetro isocinético para avaliar a I/QF, a 60°/s. Não foram encontradas diferenças significantes entre o GAVExGCONT em relação à idade (P=0,37), altura (P=0,53), massa (P=0,77) e IMC (P=0,41). Os valores de I/QF (mediana e quartis) do GAVE e GCONT foram, respectivamente, 0,77 (0,69-0,84) para membro não-parético e 0,79 (0,64-0,88) para membro dominante; 0,97 (0,69-1,41) membro parético e 0,77 (0,64-0,89) membro não dominante. Na comparação entre GAVExGCONT, verificou-se que o I/QF foi significativamente maior no GAVE apenas ao comparar o membro parético com o membro não dominante do GCONT (P<0,05). Não houve diferença no equilíbrio articular do joelho ao comparar o membro não parético de indivíduos acometidos pelo AVE com sujeitos sem lesão encefálica, o que pode ser explicado pelo fato dos indivíduos já estarem na fase crônica e terem realizado reabilitação pós AVE. O membro parético, além de apresentar valores significativamente superiores ao controle, apresentou uma I/QF mais próxima de 1.0 (indicativa de maior estabilidade), possivelmente devido à fraqueza da musculatura extensora que impossibilitou maiores esclarecimentos quanto ao equilíbrio articular após AVE. Sugere-se que novos estudos correlacionem a I/QF com outras variáveis de desempenho neuromuscular, como o pico de torque da musculatura extensora e flexora do joelho, bem como em outras articulações, para melhor compreensão do equilíbrio articular dessa população

Similar works

This paper was published in Biblioteca Digital de Monografias.

Having an issue?

Is data on this page outdated, violates copyrights or anything else? Report the problem now and we will take corresponding actions after reviewing your request.