Psicossomática: a inscrição de uma fala que falta no corpo

Abstract

Freud no final do século XIX desenvolveu a teoria psicanalítica e resgatou a importância dos aspectos subjetivos do homem.A partir da Psicanálise, a compreensão da interação mente e corpo ganha novas perspectivas, pois as dimensões são pensadas de forma conjunta e dinâmica, possibilitando a criação de um campo de saber denominado Psicossomática.A Psicanálise não volta seu olhar para a doença, mas sim para o sintoma enquanto linguagem do inconsciente, a partir da maneira como o sujeito foi e é perpassado pelo adoecimento orgânico, e no modo como a doença aparece em seu discurso particular.Se o discurso serve para articular a falta, fazê-la advir, o sintoma possui um mecanismo semelhante. Ele vem sinalizar a não simbolização (registro simbólico), vem no lugar de uma fala que falta de algo presente na história do sujeito, se torna um “véu” que mascara e de fato esconde o que realmente afeta o sujeito. Assim talvez seja o sintoma a “fala” mais impactante do inconsciente, que sinaliza de maneira duplamente real que algo não está bem. Duplamente porque aparece no Real enquanto sem explicação e sem sentido (aparentemente) e no corpo físico, ou seja, de fato está acontecendo. O sintoma é assim um mecanismo de defesa requintado, onde para que o sujeito não sucumba aos seus próprios fantasmas, a doença vem para seu interdito

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Last time updated on 10/08/2016

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