As fibras de piaçava, resíduo da indústria de vassouras, foram utilizadas como material precursor na preparação de carvões ativados. Foram preparados carvões ativados quimicamente com cloreto de zinco, ácido fosfórico e cloreto férrico e carvões ativados fisicamente com dióxido de carbono e vapor d´água. Os carvões obtidos foram caracterizados por adsorção/dessorção de N¬2 para cálculo da área BET, análise elementar (CHN), análise termogravimétrica (ATG), espectroscopia na região do infravermelho (FTIR) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os materiais foram testados quanto à capacidade de adsorção de contaminantes em meio aquoso: azul de metileno, vermelho reativo, fenol, íon Cr+6, íon Cu+2 e íon Zn+2. Os carvões da piaçava apresentaram alto rendimento e os materiais obtidos por ativação química tiveram maior rendimento que os ativados fisicamente. O CA ZnCl2 foi o que apresentou maior área superficial (1190 m2 g-1) e o CA H3PO4, o maior volume de poros (0,543 cm3 g-1). Pela análise de CHN, verificaram-se, após a pirólise e a ativação da piaçava, o aumento dos teores de carbono e a diminuição dos teores de oxigênio e hidrogênio. A ATG, sob fluxo de N2, mostrou que os CAs da piaçava são estáveis até, aproximadamente, 500°C, com exceção do CA FeCl3, o qual começa a se degradar a 300°C. As micrografias mostraram que as morfologias dos carvões preparados são semelhantes entre si e diferentes do material precursor (piaçava). Os espectros de infravermelho confirmaram a pirólise dos materiais. Os carvões preparados demonstraram ser bons adsorventes dos contaminantes testados. O CA ZnCl2 foi mais eficiente na adsorção do azul de metileno e do Cu+2. O CA H2O foi melhor adsorvente para o vermelho reativo e fenol, enquanto o CA CO2 foi para os íons Cr+6 e Zn+2
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