O presente artigo analisa os olhares franceses sobre o Brasil, do século XVI a meados do XVII, apontando as permanências do imaginário medieval, privilegiando a longa duração. Parte-se da premissa de que os cortes cronológicos comumente aceitos da historiografia não correspondem às mudanças no universo mental, que se transforma muito lentamente. Levanta-se, então, a hipótese de que, nos relatos dos viajantes dos séculos XVI e XVII, dificilmente poderíamos encontrar forte evidência da chamada Idade Moderna. O enfoque teórico adotado é tributário da escola dos Annales em sua vertente voltada para o estudo das mentalidades e do questionamento da periodização tradicional da História
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