Tese de mestrado, Psicologia (Psicologia da Educação e da Orientação), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2012O presente estudo, exploratório, pretendeu investigar qual o impacto das variáveis do
modelo HAPA (Health Action Process Approach), fase Intencional – Intenção, Planeamento
da Ação e Planeamento do Coping – na mudança do comportamento de envolvimento
escolar dos alunos, nos comportamentos de Tirar Apontamentos e Colocar Questões em aula.
Para testar estes objetivos foi utilizado um design quasi-experimental 2x2. Participaram
95 estudantes de 5 turmas do 8º ano de escolas públicas da Grande Área de Lisboa. Três
turmas (grupo experimental) receberam o programa Tirar Apontamentos (duas sessões) e o
programa Colocar Questões (duas sessões) ao longo de 4 sessões. O grupo controlo,
constituído por duas turmas, foi exposto a um programa de igual duração, mas não
relacionado com o do grupo experimental.
Para medir as variáveis em estudo, foram aplicados questionários aos jovens na semana
anterior à aplicação do programa (T1) e duas semanas após a sua conclusão (T2). Utilizou-se
a Escala de Envolvimento Escolar e a Escala de Avaliação das Variáveis do Modelo HAPA
em Sala de Aula, criadas para o presente estudo (Neves, Alvarez, Marques Pinto, 2011).
O teste t-student permitiu-nos observar um decréscimo do Comportamento de Tirar
Apontamentos de T1 para T2 para a subamostra experimental (M = .402, dp = 1.15779, t =
2.574, p = .013), não havendo alterações significativas no grupo controlo (M = -.2833, dp =
1.13717, t = -1.752, p = .088). No programa Colocar Questões, no grupo experimental,
registou-se um aumento significativo no Planeamento do Coping (M = -.44670, dp =
1.11577, t = -2.969, p = .004) e um decréscimo significativo no Comportamento de
Questionar (M = .40517, dp = 1.35046, t = 2.225, p = .030). No grupo controlo não houve
diferenças significativas.
Uma análise de regressão permitiu-nos concluir que, no grupo experimental, os alunos
que Tiravam Apontamentos e Colocavam Questões em aula, em T1, continuaram a fazê-lo em T2, sendo que após a intervenção (T2) estes comportamentos passaram a ser também
significativamente explicados pela Intenção. No grupo controlo, para ambos os programas,
como esperado, não se registaram alterações significativas.
Os resultados são discutidos na óptica da aplicação do modelo HAPA a comportamentos
no contexto escolar.This study aims to investigate the impact of the HAPA model (Health Action Process
Approach) variables regarding the Intentional phase – intention, Action Planning and Coping
Planning – on behavioural change of students’ school engagement. Focus was made into
classroom Note Taking and Asking Questions behaviours.
To pursue these objectives it was implemented a quasi-experimental design 2x2. Ninetyfive
students from 8th-grade classes in public schools in Lisbon’s Metropolitan Area were
involved. Three classes (as the experimental group) have completed the Note Taking and
Asking Questions programs in a two-week weekly sessions each. The remaining two classes
(the control group) have completed an equal duration although non-related program.
In order to measure the working variables, all the students were asked to fulfil a
questionnaire one week prior to the program application (T1) and another two weeks after
(T2). The Envolvimento Escolar Scale, and the Escala de Avaliação das Variáveis do
Modelo HAPA em Sala de Aula were applied.
The t-student test showed a decrease in Note Taking behaviour from T1 to T2 on the
experimental subsample (M = .402, dp = 1.15779, t = 2.574, p = .013). It was also noticed a
minor increase on the control group (M = -.2833, dp = 1.13717, t = -1.752, p = .088).
Concerning the Asking Questions program, the experimental group had a significant increase
on the coping planning (M = -.44670, dp = 1.11577, t = -2.969, p = .004) as well as a
significant decrease on the questioning behavior (M = .40517, dp = 1.35046, t = 2.225, p =
.030). The control group saw no significant changes.
With a regression analysis, it was evident that the students from the experimental group
who took notes and asked questions in the classroom since T1 kept doing it in T2. This
meant that T2 behaviour was also explained by the variable Intention. Regarding the control group, significant changes were seen in none of the programs; in this group, students who
conducted the behaviours in T1 kept doing it in T2
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