Portal Periódicos da UFRRJ (Univ. Federal Rural do Rio de Janeiro)
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A FORMAÇÃO DE PROFESSORES : trajetórias da pesquisa e campo epistemológico - resenha
Resenha do livro organizado por Kátia Curado da Silva, Viviane Pereira e Quérem Santos A formação de professores: trajetórias da pesquisa e do campo epistemológico. A obra apresenta um registro significativo acerca da produção acadêmica e científica do campo da formação de professores, ao sistematizar e analisar as pesquisas apresentadas no IV Simpósio de Grupos de Pesquisa sobre Formação de Professores do Brasil, evento desenvolvido pelo Grupo de Trabalho Formação de Professores (GT 08) da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que ocorreu na Universidade de Brasília (UnB), em formato online, entre os dias 26 a 28 de maio 2021, em virtude da pandemia de Covid-19
Políticas afirmativas na universidade federal do Espírito Santo: processo de permanência de jovens negros/as
Esse estudo objetiva refletir sobre o processo de permanência dos jovens negros/as na Universidade Federal do Espírito Santo, unidade de Alegre, no período de 2012 a 2021. Partimos do pressuposto que o conceito permanência envolve as condições materiais e simbólicas (Santos, 2009) que se articulam às trajetórias acadêmicas desses jovens. Para tanto, propomos o desenvolvimento do estudo de caso. A pesquisa destacou que o processo de permanência dos/as jovens negros/as foi marcado por dificuldades socioeconômicas, acadêmicas e pelo racismo institucional nas relações estabelecidas, no âmbito da universidade. As narrativas dos/as jovens negros/as revelam a importância das políticas afirmativas para acesso ao ensino superior e apontam subsídios que podem contribuir para formulação de políticas e ações afirmativas que garantam o processo de permanência qualificada na Ufes
O TRATO COM A DANÇA NA ESCOLA: DAS SITUAÇÕES-LIMITES AOS INÉDITOS VIÁVEIS
Este trabalho buscou discutir possibilidades pedagógicas para o trato com o conhecimento dança nas aulas de Educação Física. As propostas desenvolvidas no ensino fundamental e ensino médio apontaram caminhos pedagógicos comprometidos com uma formação pautada no protagonismo dos estudantes e na reflexão ampliada acerca do fenômeno dança, provocando fissuras, questionamentos de situações-limites, e rompendo preconceitos, estereótipos e simplificações sobre tal manifestação da cultura corporal de movimento. Concluímos que mediante as discussões e caminhos traçados para o trato com o conhecimento dança, avançamos no sentido de compreender com maior profundidade e sob a ótica de conceitos de Paulo Freire, alguns desafios presentes no cenário atual na tematização do fenômeno dança
O ESPORTE ENQUANTO FATOR DETERMINANTE DA EDUCAÇÃO FÍSICA
O presente trabalho pretende dar continuidade a uma série de estudos já realizados nesta década de 1980, por estudiosos da Educação Física, numa tentativa de aproximar cada vez mais o vínculo da Educação Física escolar com as ciências da Educação e, concomitantemente, afastá-la gradativamente da legitimidade teórica adquirida pelos estudos da Medicina Esportiva/Saúde ou do Treinamento Esportivo
Ações Afirmativas, Movimento Social Negro e Educação em Perspectiva Histórica.
Este artigo está inserido no campo das relações étnico-raciais e educação superior brasileira, com seus olhares analíticos sobre o estudo das políticas de ações afirmativas étnico-raciais referenciadas. Trajetória incansável, histórico de lutas e buscas incessantes por reparações é o que define os processos históricos das organizações e buscas por direitos quanto à população negra. As ações afirmativas de promoção da igualdade racial ressignificaram e ainda ressignificam a luta pelo direito à educação no Brasil. O movimento social negro resguarda as diferentes formas procedimentais e tempos-espaços de produção, marcada por formar relações sociorraciais de combate às desigualdades para a população negra, o que têm feito surgir conhecimentos e experiências produzidos pelos sujeitos negros através de suas vivências políticas, sociais e culturais, transformando a ciência, a educação e a sociedade
“O filho que ninguém quer?”: o processo da implementação da comissão de heteroidentificação étnico-racial na UFMT
Após o processo de redemocratização do país a partir de 1986, o movimento negro brasileiro, em especial, produziu lutas e reivindicações de demandas históricas por políticas de ações afirmativas para a população negra que foram implementadas no ensino superior no Brasil a partir de 2001. Pesquisas já empreenderam análises sobre algumas experiências de muitas políticas afirmativas nas universidades brasileiras. É nesse preâmbulo que este artigo se insere. Ele perpassa pelo processo de implementação da comissão de heteroidentificação para o ingresso nos cursos de graduação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Cuiabá-MT. Objetiva-se analisar o processo e as dinâmicas de implementação da comissão de heteroidentificação para o ingresso de pretas/os e pardas/os nos cursos de graduação da UFMT no contexto das relações étnico-raciais brasileiras, considerando o exame do planejamento e da organização administrativa da UFMT. A pesquisa se caracteriza como qualitativa a partir da análise de conteúdo, respaldando-se no método de Bardin (1977). Enquanto instrumentos de coleta de dados, utilizou entrevistas semiestruturadas, observação participante e documentos relacionados a implementação das ações afirmativas ou da comissão de heteroidentificação na UFMT. A pesquisa apontou para a necessidade da responsabilidade de institucionalizar de forma mais estruturante uma política de monitoramento da ação afirmativa da Universidade. Para isso urge que a UFMT assuma todos os desideratos e mecanismos legais e pedagógicos de implementação das ações afirmativas e das comissões de heteroidentificação para instituir uma inclusão étnica e racialmente referenciada
Política de ações afirmativas, reconhecimento e reparação: reflexões a partir das leis nº. 12.711/2012 e 14.723/2023
Este artigo tem como objetivo apresentar reflexões a respeito dos fundamentos que embasam o conceito de ações afirmativas no contexto brasileiro, levando em consideração alguns aspectos históricos que compõem a narrativa de diversos teóricos do campo das relações raciais e ações afirmativas. A intenção é refletir sobre os sentidos de reconhecimento e reparação para a população negra na sociedade brasileira através de acontecimentos na esfera política e social tendo como foco a luta pelas cotas raciais ratificadas por meio da Lei Federal nº12.711/2012 e a alteração desta pela Lei nº 14.723/2023
CONTRADIÇÕES OLÍMPICAS: QUANDO A MAGNITUDE DA CONQUISTA EQUIVALE À DA FRUSTRAÇÃO
Nesse texto eu busco problematizar criticamente algumas questões que emergem em torno aos Jogos Olímpicos, mas que não se restringem ao momento das competições, posto que muitas são fruto de processos estruturais históricos (Crenshaw, 1989) e requereriam um posicionamento mais veemente de instituições sociais de impacto, como a que administra o mundo esportivo. Eu organizo o texto em forma de prosa reflexiva, apontando algumas contradições tremendas (Olímpicas) que podem encobrir ou mascarar falta de ação e negligência com fachadas de grandes avanços. Minha proposição é que outras pessoas possam tomar essa perspectiva como um convite a olhar de forma crítica o mundo da alta performance, onde atletas sonham em chegar e lá brilhar, mas pagam um preço muito elevado e talvez injusto para alcançar os parâmetros impostos
SOBRE A COMPARABILIDADE OBJETIVA NO ESPORTE: LIMITES PARA A PRÁTICA EDUCACIONAL
A partir de uma categorização apresentada no Brasil por Elenor Kunz, o texto procura discutir as implicações da comparabilidade objetiva para o ensino de práticas esportivas na escola. Para isso apresenta o que seria esse fator constituinte do esporte, trazendo a seguir situações exemplares em que a igualdade de chances permanece meramente no plano formal. Argumenta, então, que os critérios esportivos são arbitrários e, portanto, questionáveis. Ao desconsiderarem fatores biológicos e sociais, tampouco são promotores da igualdade, senão da desigualdade. Isso precisa ser bem considerado para a valorização do esporte como parte da cultura do tempo presente