A troca contingente: perversidades do espelhamento reticular em O Gambito da Rainha

Abstract

In this study, we analyzed the success of Queen’s Gambit, produced and shown on the Netflix platform. Through the collection and analysis of 160 comments to a Facebook post that mentions the success of audiences in the series, we have outlined a critical reflection around the socio-technical dynamics that privileges the formation of clusters of people with similar tastes, where we reflect on the false sense of authenticity, the issue of emotional self-exploration, the presence of reticular narcissism and the purge of diversified consumption. In addition, the data collected allowed us to cross with a set of critical reflections on emotional and homophilic tribes, which are organized around successful cases and which reveal a considerable absence of critical sense. We conclude that the creation of networks around private tastes made public generates an illusion of a community, and that the formation of digital social networks around the call and the connection of equals prevents the constitution of communities, before meaning a network mirroring, a reflection of the Self, very unreflective.Neste estudo, analisamos o sucesso de O Gambito da Rainha, série produzida e exibida na plataforma Netflix. Através da recolha e análise de 160 comentários a uma publicação de Facebook que menciona o sucesso de audiências da série, esboçamos uma reflexão crítica em torno da dinâmica sociotécnica que privilegia a formação de clusters de pessoas com gostos semelhantes, onde refletimos sobre a falsa sensação de autenticidade, a questão da autoexploração emocional, a presença de um narcisismo reticular e a expulsão do consome diferente. Além disso, os dados recolhidos permitiram-nos o cruzamento com um conjunto de reflexões críticas sobre tribos emocionais e homofílicas, que se organizam em torno de casos de sucesso e que revelam considerável ausência de sentido crítico. Concluímos que a criação de redes em torno de gostos privados tornados públicos gera uma ilusão de uma comunidade, e que a formação de redes sociais digitais em torno da convocatória e da conexão de iguais impede a constituição de comunidades, antes significando um espelhamento em rede, um reflexo do Eu, muito pouco reflexivo

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