Dissertação de mestrado em Ciência PolíticaA search for national purpose has always played a central role throughout the several governments
of Canada. Particularly after the end of World War II, the Golden Years of Canadian Foreign Policy
were inaugurated, a broad slogan which Canadians assume as part of their existence as a political
community, thus establishing a parallel between National Unity and Foreign Policy. Such approach
brands Canada as a mediatory middle power, remarked by a permanent engagement and
cooperative behavior, endorsing universal values through the promotion of a more institutionalized
and just international world order: a vision with permanent presence in its processes of agenda
setting and execution.
Framed within the broad agenda of internationalism, different liberal governments have branded
their political program in order to rescue the Golden Age and achieve their political interests may
these be internal, external, or both. This thesis starts by analyzing how the Human Security Agenda
emerged through the Government of Jean Chrétien during the 1990’s as a response to an internal
crisis of national unity in the eve of the Quebec Referendum, calling for a sense of national unity
among Canadians by increasing their sense of national pride and belonging, also being remarked
as the last internationalist period in Canadian politics. In the eve of the 2015 federal election, Justin
Trudeau has brought to discourse the so called Canadian liberal values after a decade of
Conservative rule, offering a positive and even nostalgic vision of Canada by enhancing the need
to return liberal internationalism to Canadian politics.
Once in power, Trudeau announced that “Canada is back”, opening the door for an innovative,
idealistic and very personal styled Foreign Policy agenda that Canadians identified with and even
a likely possibility of rebuilding a new Human Security Agenda. However, much of Trudeau’s
rhetoric has lost credibility as its actions and experiences as prime minister did not keep up with
the promised idealistic brand for a too turbulent world.A busca por um sentido de unidade nacional desempenhou sempre um papel central nos vários
governos do Canadá. Com o final da Segunda Guerra Mundial foram inaugurados os Anos
Dourados da Política Externa Canadiana, um amplo slogan que os canadianos assumem como
parte de sua existência enquanto comunidade política, estabelecendo um paralelo entre Unidade
Nacional e Politica Externa. Tal abordagem demarca o Canadá como uma potência média
moderadora, conhecida por um envolvimento permanente e um comportamento cooperativo na
defesa de valores universais na promoção de uma ordem mundial internacional mais
institucionalizada e justa: uma visão com presença permanente nos seus processos de definição
e execução da agenda politica.
Enquadrados na ampla agenda do internacionalismo, diferentes governos liberais rotularam o seu
programa político para resgatar a Idade de Ouro e alcançar os seus interesses políticos, sejam
estes internos, externos ou ambos. Esta tese começa por analisar de que forma a Agenda de
Segurança Humana emerge através do governo de Jean Chrétien durante os anos 90 enquanto
resposta a uma crise interna de unidade nacional na véspera do referendo do Québec que exigiu
um novo sentido de unidade nacional entre os canadianos, aumentando o seu sentimento de
orgulho e pertença, sendo também considerado como o último período internacionalista na política
canadiana. Na véspera da eleição federal de 2015, Justin Trudeau discursou acerca dos chamados
valores liberais canadianos após uma década de governo conservador, oferecendo uma visão
positiva e até nostálgica do Canadá, aumentando a necessidade de retornar o internacionalismo
liberal à política canadiana. Uma vez no poder, Trudeau anunciou que “o Canadá está de volta”,
abrindo as portas para uma agenda de política externa, inovadora, idealista e muito pessoal, com
a qual os canadianos se identificaram e até mesmo uma possibilidade de reconstruir uma nova
agenda de segurança humana. No entanto, grande parte da retórica de Trudeau perdeu
credibilidade uma vez que as suas ações e experiências como Primeiro-Ministro não
acompanharam a prometida marca idealista para um mundo demasiado turbulento