Wound healing of the pelvic floor concerning pelvic organ prolapse – What do we know?

Abstract

Pelvic organ prolapse (POP) is a result of the pelvic’s floor supportive tissues weakening, including levator ani muscles, endopelvic fascia, ligaments, and the vaginal wall. The objective of this review is to describe the wound healing physiology in tissues that might be injured in the pelvic floor and to discuss the factors that affect wound healing. Since the most important risk factors for POP, such as pregnancy, vaginal delivery, and increased intra-abdominal pressure, trigger tissue damage, i.e. a wound in the pelvic floor tissues, we hypothesize that a frustrated wound healing process could affect the tissue homeostasis and promote POP. MEDLINE database was searched to review the literature up to 2017. As with skin, the wound healing in the pelvic floor tissues takes place in four phases (hemostasis, inflammation, proliferation and remodeling), however the duration of each phase is longer in the different structures of the pelvic floor compared to skin. Mechanical loading in the pelvic floor negatively affects healing and is associated with increased collagenase activity, whilst estrogen seems to improve the mechanical properties of the stretched tissue and could be beneficial for vaginal wound healing. Neither damaged muscle, nerves, ligaments nor vaginal wall will fully recover their pre-wounding characteristics. We postulate that a frustrated wound healing of the tissues of the pelvic floor generates tissues with altered composition and mechanical properties which could lead to the incidence or progression of POP.O prolapso de órgão pélvico (POP) é resultado do enfraquecimento dos tecidos de sustentação e de suspensão dessa região, incluindo os músculos levantadores do ânus, a fáscia endopélvica, os ligamentos e a parede vaginal. Sabe-se que os fatores de risco mais importantes para o POP, como gravidez, parto vaginal e aumento da pressão intra-abdominal, causam lesão nos tecidos do assoalho pélvico. Assim, é possível que um processo de cicatrização imperfeito desses tecidos possa afetar sua homeostase e contribuir para o desenvolvimento do POP. Dessa forma, o objetivo deste artigo é revisar a fisiologia da cicatrização de tecidos do assoalho pélvico e discutir os fatores que interferem nesse processo. Para isso, foi feita uma revisão da literatura na base de dados do MEDLINE até 2017. Percebeu-se que, assim como na pele, a cicatrização das lesões do assoalho pélvico ocorre em quatro fases (hemostasia, inflamação, proliferação e remodelação), porém a duração de cada fase é maior nas diferentes estruturas do assoalho pélvico. Além disso, a pressão constante no assoalho pélvico está associada ao aumento da atividade da colagenase, afetando negativamente a cicatrização, enquanto o estrogênio melhora as propriedades mecânicas do tecido estirado e parece ser benéfico para a cicatrização das lesões na parede vaginal. De acordo com a literatura, os músculos, nervos, ligamentos ou parede vaginal danificados não recuperam totalmente suas características prévias. Desse modo, conclui-se que uma cicatrização imperfeita no assoalho pélvico resulta em tecidos com composição e propriedades mecânicas alteradas, o que pode levar à incidência ou progressão do POP

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