From the war on drugs to the war on the virus: necropolitics and resistance in Cracolândia

Abstract

The article aims to analyze the forms of resistance present in São Paulo's Cracolândia in the face of the Covid-19 pandemic and its consequences. To this end, we use public documents and academic articles on the topics addressed in order to describe the actions of resistance, by militants and other regulars in that territory. The analysis of these actions, in the face of police repression and the media attack on Cracolândia, was undertaken with the theoretical framework of Achille Mbembe's ideas. We have seen how, despite being marked by the necropolitics, crack users, together with militants from different entities and collectives, daily deny, sometimes in a festive way, necropower. They resist for their lives with tactics to contain lethality materialized in self-care workshops, food distribution and mutual aid initiatives.O artigo tem por objetivo analisar as formas de resistência presentes na Cracolândia paulistana diante da pandemia da Covid-19 e de suas consequências. Para tanto, nos valemos de documentos públicos e artigos acadêmicos sobre os temas abordados no sentido de descrever as ações de resistência, por parte de militantes e outros frequentadores daquele território. A análise dessas ações, ante a repressão policial e o ataque midiático à Cracolândia, foi empreendida tendo por referencial teórico as ideias de Achille Mbembe. Vimos como, apesar de marcados pela necropolítica, os usuários de crack, com militantes de diversas entidades e coletivos, negam diariamente, por vezes de modo festivo, o necropoder. Resistem por suas vidas com táticas de contenção da letalidade materializadas em oficinas de autocuidado, distribuição de alimentos e iniciativas de ajuda mútua.El artículo analiza las formas de resistencia presentes en la Cracolandia de São Paulo frente a la pandemia delCovid-19 y sus efectos. Hemos utilizado documentos públicos y artículos académicos sobre los temas tratados para describir las acciones de resistencia de los militantes y otros frecuentadores de ese territorio. El análisis de estas acciones, ante la represión policial y el ataque de los medios de comunicación a Cracolândia, se realizó con las ideas de Achille Mbembe como referencia teórica. Vimos cómo, a pesar de estar marcados por la necropolítica, los usuarios de crack, junto con militantes de diversas entidades y colectivos, niegan a diario, a veces festivamente, el necropoder. Resisten por sus vidas con tácticas de contención letal materializadas en talleres de autocuidado, distribución de alimentos e iniciativas de ayuda mutu

    Similar works