GIORGIO AGAMBEN: a pandemia e os dispositivos de biossegurança e politica de produção de vida nua

Abstract

Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar o artigo publicado por Giorgio Agamben intitulado: “Biossegurança e política”, publicado em 11 de maio de  2020 no site da editora Quodlibet na Itália, traduzido para o português por Moisés Sbordelotto e publicado no site do Instituto Humanitas Unissinos (http://www.ihu.unisinos.br/). No referido artigo o filósofo italiano demonstra que sob a justificativa do combate ao Covid-19 e da preservação da vida biológica dos indivíduos e da população o estado de exceção tende a se tornar técnica de governo permanente na contemporaneidade. Assim, a política esvaziada em sua condição ontológica apresenta-se como biopolítica, como mera gestão administrativa, jurídica e econômica dos recursos humanos e populacionais a disposição do poder soberano. Tal condição evidencia que o paradigma das sociedades contemporâneas é o campo de concentração e, que sob tais pressupostos todos  os governos do mundo globalizado em sua dimensão hegemônica financeirizada são ilegítimos. Neste contexto, a tarefa da política que vem, do pensamento que vem,  é paralisar e profanar a máquina biopolítica devolvendo a política ao uso comum

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