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Micotoxinas em vinhos: ocorrência e métodos analíticos

Abstract

As micotoxinas são metabolitos secundários tóxicos produzidos por certos fungos filamentosos que apresentam efeitos teratogénicos, citotóxicos, neurotóxicos, nefrotóxicos, imunossupressores e/ou estrogénicos. Para além disso, algumas delas são comprovadamente cancerígenas aflatoxinas, ocratoxina A e fumonisinas estão classificadas respetivamente nos grupos 1, 2B e 2B pelo IARC [1]. As micotoxinas podem ser encontradas numa grande diversidade de produtos agrícolas e alimentares, o que constitui uma ameaça para a segurança alimentar. A sua ocorrência nestes produtos deve ser monitorizada e os seus níveis reduzidos tanto quanto tecnologicamente é possível de forma a minimizar o seu impacto na saúde humana. Nos vinhos, a ocratoxina A é a micotoxina mais comum e a única a estar legislada. No entanto, também tem sido reportada a presença de aflatoxina B2 [2], fumonisina B2 [3], alternariol e alternariol monometil éter [4-7], ácido tenuazónico [8], ácido ciclopiazónico, ácido micofenólico e zearalenona [9] em alguns vinhos. Embora a sua ocorrência não levante para já grandes problemas para a saúde dos consumidores, é importante que os produtores de vinho estejam atentos a esta problemática de forma a implementarem medidas de controlo adequadas. A presente comunicação pretende rever a problemática das micotoxinas nos vinhos de forma a divulgar os mais recentes progressos ocorridos nesta matéria. Uma revisão sobre a ocorrência de novas micotoxinas nos vinhos, métodos analíticos e sobre práticas que podem promover a segurança micotoxicológica dos vinhos irá ser apresentada

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