A pesquisa buscou demonstrar a possibilidade de estabelecimento do tempo disponível de
trabalhabilidade do CAA fresco através de ensaios aplicados nas suas pastas, utilizando-se
aparato simples desenvolvido para a medição da resistividade elétrica em laboratório de
canteiro de obras, relacionando-a com o tempo de inicio e fim de pega obtido através de
agulha de Vicat. Ainda, buscou verificar a evolução da temperatura da pasta através da
calorimetria e da sua fluidez no cone Marsh. Dessa forma, foi possível observar a evolução
do comportamento da pasta ao longo do tempo através dos resultados obtidos nos ensaios,
e conhecer o tempo disponível de trabalhabilidade do CAA para realização das etapas de
concretagem da estrutura. Para a temperatura ambiente de 32oC, o tempo decorrido para
mudança no comportamento da resistividade (tt) variou de 234 minutos para pasta com
cimento e água (C+A) para 471 minutos quando se acrescentou superplastificante e
plastificante (C+A+SP+P). Para Vicat, o tempo de inicio de pega foi de 103 minutos para
(C+A), até 330 minutos para (C+A+SP+P). Para Calorimetria, o pico de temperatura foi de
360 minutos para (C+A), até 860 minutos para (C+A+SP+P). Quanto a fluidez, o tempo de
escoamento ficou entre 90 e 120 minutos para (C+A+SP+P) e (C+A+SP). Assim, foi possível
relacionar os resultados de Vicat com resistividade elétrica, e também verificar que a perda
de fluidez limitou o tempo de autoadensabilidade, possivelmente pela redução de
desempenho do superplastificante. Ainda, restou demonstrada a viabilidade do uso do
aparato para medição do tempo de pega em pastas com aditivos químicos