A produção e consumo dos vários tipos de energia
são dos grandes responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa que contribuem para as alterações climáticas.
No sentido de reduzir as emissões tendo em vista a mitigação das alterações climáticas,
o setor dos edifícios, enquanto
um dos grandes consumidores de energia, é um alvo
de intervenção importante no que concerne à redução dos consumos e consequentes emissões de CO2. Neste contexto, nos últimos anos a Comissão Europeia tem vindo a
publicar Diretivas com um grau de exigência crescente em relação ao
desempenho dos edifícios, de modo a torna-los mais
eficientes , ainda que de uma forma que seja rentável no ciclo de vida do edifício. De modo a
perceber o potencial de melhoria de desempenho energético dos edifícios do parque
habitacional português, analisaram-se alguns edifícios representativos do mesmo, com e sem
medidas de melhoria de desempenho energético, avaliando a rentabilidade do investimento ao
Soluções otimizadas de reabilitação de edifícios
residenciais para atingir os nZEB 104 longo do ciclo de vida do edifício. Os resultados
permitem verificar que as medidas que têm
maior impacto são a alteração dos sistemas
de climatização e preparação de águas quentes
sanitárias e a melhoria do desempenho
das fachadas e coberturas.
O presente documento foca-se especificamente
nas componentes opacas das fachadas, apresentando os níveis ótimos de
rentabilidade para o seu desempenho energético em operações de reabilitação de edifícios
existentes de diferentes épocas e em diversas zonas climáticas, e
mostrando como estes
elementos podem contribuir para a obtenção de edifícios de energia quase-zero