Universidade do Minho. Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Abstract
O panorama mediático da Guiné-Bissau está marcado pela história do nascimento do
país. Depois de cinco séculos de colonização portuguesa, os guineenses passaram a
gerir os destinos da nação. No campo dos meios de comunicação social, a história da
Guiné-Bissau conta que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC) foi o primeiro actor social guineense a usar de voz impressa própria, com
intuitos propagandísticos e independentistas. Os jornais escassearam, mercê da falta
de meios humanos e materiais do país. Por outro lado, a propaganda pró-colonialista
fazia-se nas rádios, sobretudo, mas também em jornais que dedicavam mais espaço à
metrópole do que à Guiné-Bissau. No entanto, ao longo da década de 1960 surgiram
órgãos de orientação independentista, como a rádio de Amílcar Cabral, Libertação.
Nô Pintcha foi o primeiro jornal guineense da era pós-colonial. O percurso do sector
dos media, depois da independência, está marcado pelas diversas dificuldades com que
lida, até hoje, a Guiné-Bissau. As carências de meios técnicos e humanos e a instabilidade
política impedem a proliferação de uma indústria mediática