Dissertação de mestrado em Crime, Diferença e DesigualdadeA insegurança surge associada a um clima generalizado de ansiedade relacionada com o
processo de mudanças sociais que carateriza a sociedade moderna e de que o aumento da
criminalidade é uma das consequências mais visíveis (Lourenço, 2004). Este estudo tem como
principal objetivo explorar os sentimentos de insegurança e medo gerados pelo fenómeno do
crime e da violência nos indivíduos em meio rural em função da idade. Método: Trata-se de uma
pesquisa de caráter qualitativo, em que 40 participantes, divididos em 2 grupos etários – jovens
e idosos - são inquiridos mediante entrevista semiestruturada. Resultados: Os resultados
alcançados permitiram perceber que em ambos os grupos o medo não é prevalecente, uma vez
que a população habita no meio rural, onde o crime e a violência pública são praticamente
inexistentes. Os inquiridos afirmam estar atentos à situação do dia-a-dia através de conversas
com amigos, familiares, vizinhos e pelos meios de comunicação social. São os assaltos,
especialmente no período da noite, o que mais receiam. A crise económica, o domínio de valores
capitalistas e a morosidade da justiça são identificados como fatores de insegurança.
Conclusões: Em ambientes sentidos como seguros, o crime e a violência são percebidos de
forma análoga por jovens e seniores, não desencadeando sentimentos de especial insegurança
ou medo.Insecurity arises associated with a general climate of anxiety related to the process of
social change which characterizes the modern society where the increase in crime is one of the
most visible consequences (Lourenço, 2004). This study aims to explore the feelings of insecurity
and fear generated by the phenomenon of crime and violence in individuals in rural areas
according to their ages. Method: This was a qualitative research study in which 40 participants,
divided into 2 age groups - young and old - are interviewed by semistructured interview. Results:
The results obtained allow us to realize that in both groups fear is not prevalent since the
population lives in rural areas where crime and public violence are virtually inexistent.
Respondents claim to be attentive to the situation of the day-to-day through conversations with
friends, family, neighbors and the media. Are the assaults, especially in the evening, what more
fear. The economic crisis, the dominance of capitalist values and the slow pace of justice are
identified as factors of insecurity. Conclusions: In environments senses as insurance, crime and
violence are perceived analogously for youth and seniors, not triggering feelings of special
insecurity or fear