research

Num ano cheio de regulação, a RTP continuou sob suspeita de ingerência política

Abstract

[Excerto] Este foi o ano em que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social tomou posse, demonstrando um assinalável dinamismo que se traduziu em céleres e extensos estudos sobre a informação televisiva. Este também foi o ano em que o Governo apresentou vários projectos legislativos em matéria do audiovisual, nomeadamente do serviço público de TV, procurando criar mecanismos que garantissem a independência editorial. Este foi ainda o ano em que o Provedor do Telespectador da RTP iniciou funções, dispondo de um programa semanal em horário nobre. Este esforço de regulação não se traduziu na percepção social de um desejável, e necessário, distanciamento entre a TV pública e os políticos. Pelo contrário. Durante o segundo semestre de 2006, a RTP esteve permanentemente sob suspeita de ingerência política. Críticos de televisão, políticos dos partidos de oposição e académicos acusaram o serviço público de televisão de ceder a pressões do Governo. No cerne desta reiterada acusação, está um problema que se arrasta desde o nascimento da RTP: a nomeação do respectivo Conselho de Administração (CA) por parte do Governo, um processo que coloca o operador público sob a permanente acusação de dependência em relação ao (partido do) poder executivo.Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT

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