research

Qualidade do jogo de “faz-de-conta” em crianças na idade pré-escolar: relação com o Scaffolding paterno

Abstract

Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia Clínica e da Saúde)As crianças desenvolvem as competências cognitivas, primeiramente, como resultado da interação social com os mais experientes, até serem capazes de agir com competência independentemente (Vygotsky, 1978). O scaffolding paterno assume, portanto, um papel importante no desenvolvimento das capacidades da criança. Com base neste pressuposto, o principal objetivo deste trabalho é compreender como é que as figuras paternas promovem o jogo do “faz-de-conta” nos seus filhos, em idade pré-escolar. Participaram no estudo 46 crianças (27 do sexo masculino, 58.7%) com 3 anos de idade, e respetivas figuras paternas. O estudo foi realizado tendo por base uma tarefa semiestruturada de jogo de “faz-de-conta”, com a orientação para recriar um piquenique no campo. As interações foram vídeo-gravadas e, posteriormente, analisadas e codificadas segundo o sistema de codificação desenvolvido no âmbito da presente investigação. De acordo com os resultados obtidos, figuras paternas mais sensíveis são mais cooperantes, e menos intrusivos. Por outro lado, pais mais intrusivos são menos cooperantes e mais controladores. Por fim, estas duas últimas estão negativamente correlacionadas. Maior sensibilidade paterna está, também, associada a maior qualidade no jogo simbólico, maior QI verbal, de realização, e total; e menor controlo paterno está associada a maior QI de realização.Children develop cognitive skills, primarily, as a result of social interaction with more experienced people, until being able to act with competence independently (Vygotsky, 1978). Paternal scaffolding assumes an important role in the development of children's abilities. Based on this assumption, the main objetive of this work is to understand how fathers promote pretense play in their preschool children. Forty-six children 3-years-old participated in the study (27 male, 58.7%) with their parents. The study was based on a semisstructured task, under the orientation to recreate a picnic in the countryside. The interactions were videotaped and then analyzed and coded according to the coding system developed under this research. According to the results, fathers more sensitive are more cooperating, and less obtrusive. On the other hand, fathers more intrusive are less cooperative and more controllers. Finally, the last two are negatively correlated. Higher paternal sensitivity is also associated with a higher quality of symbolic play, higher verbal IQ, performance IQ, and full scale IQ; and less parental guidance is associated with higher performance IQ

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