research

A contribuição da prevenção de riscos profissionais para a competitividade da construção

Abstract

A construção é, em grande parte, uma atividade trabalho-intensiva, pelo que a qualificação dos recursos humanos que emprega é um importante fator de competitividade. Porém, a atração de recursos humanos qualificados é um grande desafio porque o trabalho na construção passa uma má imagem na opinião pública: sujo, exposto às condições atmosféricas, pouco saudável, inseguro, precário, mal pago, pouco tecnológico, oferecendo poucas oportunidades de carreira para pessoas qualificadas, etc. Acresce que a construção tende a absorver muita mão-de-obra com baixa qualificação, especialmente em épocas de forte crescimento, situação que, subsequentemente, lhe impõe grandes necessidades de formação. A melhoria das condições de segurança e saúde nas obras de construção tem um papel decisivo para a melhoria deste fator de competitividade porque a elevada sinistralidade do trabalho na construção contribui negativamente para a sua imagem exterior e para afastar os recursos humanos mais competentes para outras atividades, tornando-a, assim, menos competitiva. Os acidentes de trabalho e as doenças profissionais, para além de todo o drama pessoal e familiar que encerram, têm custos (diretos e indiretos) significativos, contribuindo negativamente para a produtividade da atividade da construção – não só das empresas atingidas mas do setor, como um todo. Finalmente, a falta de prevenção dos riscos laborais decorre do incumprimento da legislação de segurança e saúde no trabalho e, frequentemente, também da falta de adoção dos processos produtivos e dos materiais mais adequados às atividades em que aquela se verifica. Nesta comunicação apresenta-se uma análise sobre os reflexos da prevenção dos riscos profissionais na melhoria da competitividade da construção e, reciprocamente, uma reflexão sobre os impactos da falta de prevenção na competitividade das empresas e do setor.Construction is largely a labor-intensive activity thus the qualification of human resources it employs is an important factor for competitiveness. However, the attraction of qualified human resources is a major challenge because the work in construction has a bad image in public opinion: dirty, exposed to atmospheric conditions, unhealthy, unsafe, precarious, badly paid, low-tech, offering few opportunities for career for qualified people, etc.. Moreover, construction tends to absorb numerous low skill labour, especially during strong growth peridos, this imposing great subsequent training needs. The improvement of health and safety on construction sites has a key role to improve the competitiveness of labour because of the high accident rate in the construction activity contributes negatively to its external image and drives away the most competent human resources for other activities, making it thus less competitive. In addition to all the personal and family drama, work accidents and occupational diseases have significant (direct and indirect) costs negatively afecting construction productivity - not only of companies but also the sector, as a whole. Finally, the lack of prevention of occupational risk arises from the non-compliance of health and safety at work and often also to the lack of adequate production processes and materials. This paper presents an analysis of the effects of the prevention of occupational risks in improving construction competitiveness and, conversely, a reflection on the impact of the lack of prevention for construction competitiveness

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