research

Representações/opiniões de enfermeiros sobre a organização hospitalar e a formação à luz do “modelo racional-burocrático”

Abstract

A compreensão da formação em contexto de trabalho hospitalar passa pelo estudo das dimensões organizacionais do hospital. No estudo exploratório, de cariz qualitativo, intitulado “O Hospital como organização e a formação em contexto de trabalho”, foi possível mostrar que o hospital pode também ser perspetivado a partir dos modelos de análise, tais como o modelo de sistema social, o modelo político e o modelo anárquico (Ellström, 1983), apesar de ainda hoje encontrarmos muitas análises a esta organização predominantemente baseadas no modelo racional-burocrático, nas quais são relevadas as estruturas hierárquicas, a formalização das normas, a preocupação com a previsibilidade e a tipificação das funções dos atores. O resultado deste trabalho levou-nos à construção de um quadro teórico-conceptual, que inclui os mesmos elementos que Ellström utilizou, acentuando um pouco mais as fronteiras entre os modelos, e introduzindo novos elementos relativos à formação na organização hospitalar e aos processos de formação. Neste artigo refletimos apenas sobre algumas dimensões do modelo racional burocrático, a partir do trabalho de Per-Erik Ellström e simultaneamente interpretamos o sentido que os enfermeiros atribuem à formação na organização hospitalar, privilegiando o inquérito por entrevista como técnica de recolha de informação. O motivo da escolha por este modelo é que ele marca uma tradição muito importante na análise do hospital, dado que, entre outras razões, a previsibilidade é ainda hoje uma das preocupações mais evidentes na definição e na conceção dos modelos dos cuidados de saúde prestados.Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT

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