A idéia pedagógica de ser criança e do brincar está associada predominantemente a uma dimensão desenvolvimentista (fases, etapas, idades...) de grande racionalidade técnica e instrumental. Este fato conduz a uma atitude pedagógica de “olho central”, que tudo controla e sugere. Nesta reflexão tentaremos demonstrar (pelo caminho onto-filosófico) que ser criança e o brincar é algo diferente. É pertencer a um mundo do não dito, do não revelado. Um mundo que ainda não está em condições de ser podado. É pertencer a uma energia inicial (um universal), que espera cuidado, resguardo, protecção. A idéia de ser criança e do brincar neste envolvimento é o mesmo que contemplar (ser) uma obra de arte.CIEC - Centro de Investigação em Estudos da Criança, UM (UI 317 da FCT