Os espaços verdes urbanos, embora nem sempre tenham sido alvo da atenção merecida
representam uma componente indispensável no garante da qualidade de vida urbana. Entre o
espaços verdes que apresentam maiores valores de riqueza biológica encontram-se as horta
urbanas, as quais actuam favoravelmente no meio físico das cidades e sobre a saúde física e
mental dos seus habitantes, sendo tão indispensáveis quanto mais urbanizadas forem as área
onde se inserem. As hortas urbanas representam assim espaços verdes e espaços de agricultura
urbana com elevado valor ambiental, económico e social, sendo fundamental a sua integração no
desenvolvimento sustentável das cidades. O objectivo desta comunicação é demonstrar que a
avaliação ambiental das hortas urbanas representa um modelo adequado para identifica
problemas de contaminação e poluição em meio urbano, os quais devem ser considerados na
promoção da educação ambiental e da saúde pública. A cidade de Braga apresenta uma
paisagem envolvente eminentemente rural que convive com um centro urbano cada vez mai
densamente urbanizado, embora ainda possua no seu interior muitas hortas urbanas. No entanto
pela dimensão urbana que alcançou, a cidade apresenta já problemas de contaminação e
poluição, os quais põem em risco a qualidade e a viabilidade ambiental desses espaços. Esta
conclusão é suportada pelos resultados obtidos em análises químicas efectuadas a amostras de
alfaces e solos de hortas urbanas e não urbanas de Braga. Os resultados analíticos evidenciam
níveis preocupantes dos metais pesados Cádmio, Chumbo e Zinco, reflectindo um grave problema
de contaminação e poluição urbana. Neste sentido, apresentam-se propostas para melhorar a
qualidade ambiental urbana, procurando contribuir para a promoção da educação ambiental e da
saúde pública, na lógica do desenvolvimento sustentável que se pretende para a cidade de Braga