-O projeto de pesquisa tem por objetivos: a) de ordem etnográfica, a observação, a descrição e a comparação dos sistemas de aliança de povos
ameríndios e o levantamento de informações sobre os povos indígenas de Minas Gerais e adjacências; b) de ordem comparativa, a análise exaustiva
de uma série de casos, à luz das sínteses já produzidas no panorama sul-americano; c) de ordem metodológica, a adaptação e a avaliação de
recursos e dispositivos computacionais em pesquisas de parentesco e demografia de pequena escala, a partir da utilização de um sistema de
gerenciamento de banco de dados relacional.
O projeto “Modelos e práticas do parentesco” originou-se da colaboração intelectual dos profs. drs. João Dal Poz Neto (Departamento de Ciências
Sociais/UFJF) e Marcio Ferreira da Silva (Departamento de Antropologia/USP), responsáveis por sua elaboração e execução. Na UFJF, o projeto
conta com os bolsistas de Iniciação Científica Patrícia Muniz Mendes (aluna do curso de História/ICH) e Emmanuel Costa Dias (aluno do curso de
Ciências Sociais/ICH).
No tocante aos Povos do Leste, aqui entendidos os grupos indígenas de Minas Gerais e adjacências – Kaxixó, Krenak, Pataxó, Maxakali, Xacriabá, e
outros –, dentro de uma perspectiva de diálogo interdisciplinar, e com a participação de bolsistas de Iniciação Científica, temos por objetivo promover
o levantamento e a análise de materiais diversos – pesquisas arqueológicas, estudos históricos, documentação administrativa etc. –, procurando
destacar assim as informações necessárias ao estudo da organização social e os sistemas de parentesco desses grupos. É preciso ressaltar a
importância de tais estudos para a compreensão da trajetória histórica das populações indígenas na região.
Nesta etapa do projeto, já cumprimos a pauta inicial de metas e atividades previstas: o levantamento da bibliografia teórica básica para o estudo dos
sistemas de parentesco; a organização de um banco de dados das referências (livros, artigos e documentos encontrados em diversos arquivos e
bibliotecas) sobre os povos indígenas de Minas Gerais.
Trata-se, portando de uma contribuição importante para, enfim, consolidar uma área de estudos em etnologia indígena na Universidade Federal de
Juiz de Fora