O presente trabalho visou analisar o papel dos estágios na transição para o trabalho, entendendo-se a inserção profissional
como um processo temporalmente alargado constituído por três fases interdependentes: a formação académica, a procura
de uma actividade remunerada e a adaptação ao mundo laboral. Mais especificamente, pretendeu-se estudar o impacto
dos estágios curriculares na promoção de variáveis psicológicas centrais nesta transição – exploração vocacional, auto-eficácia e objectivos de investimento profissional – numa amostra de 337 finalistas do ensino superior português. Os
resultados encontrados evidenciaram que os estudantes que tiveram a oportunidade de realizar um estágio curricular
apresentaram maiores níveis de exploração vocacional, de auto-eficácia, bem como objectivos de investimento
profissional mais robustos, quando comparados com aqueles que não realizaram estágio