Stresse, “burnout”, saúde física, satisfação e realização em profissionais de saúde: análise das diferenças em função do sexo, estado civil e agregado familiar

Abstract

Apesar de ser reconhecido há muitos anos as vantagens dos adultos conciliarem os domínios profissional e familiar, a verdade é que não existem muitos estudos que comprovem inequivocamente esta situação. O presente trabalho procura contribuir para o esclarecimento desta questão, observando até que ponto as diferenças de sexo, o estado civil e a existência de filhos menores poderão representar factores diferenciadores da experiência profissional de enfermeiros (N=286). Para tal, foi aplicado um protocolo de avaliação com medidas de stresse ocupacional, “burnout”, saúde física e satisfação/realização profissional. A verificação destas diferenças teve por base a utilização de “t-test” para amostras independentes e análises discriminantes. Assim, no que diz respeito às diferenças de sexo, observou-se que as mulheres evidenciaram mais problemas de stresse e de saúde física mas, inversamente, apresentaram menores níveis de despersonalização. Na comparação entre profissionais com diferentes estados civis, constatou-se que os casados demonstraram maior desejo de abandonar a profissão e maiores problemas de saúde física, enquanto que os solteiros manifestaram maior mal-estar relacionado com a instabilidade profissional. Finalmente, a comparação entre profissionais com e sem filhos menores, permitiu observar o facto da vontade em abandonar a profissão ser inferior no grupo de enfermeiros com filhos menores em associação a um maior stresse relacionado com a realização de acções de formação e relatórios técnicos, a remuneração auferida e os problemas familiares

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