Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento Básico (APESB)
Abstract
A disposição de resíduos sólidos em aterros sanitários continua a ser uma das formas mais utilizadas de gestão de resíduos no mundo. As mais recentes orientações estratégicas da União Europeia estabelecem metas ambiciosa para a redução da disposição em aterro da fracção orgânica biodegradável dos resíduos sólidos. No
entanto, a nível mundial, a prática tem sido a de adoptar o aterro sanitário como solução técnica corrente para o destino final de todos os resíduos sólidos urbanos, daqui resultando a conveniência de continuar a atribuir-se importância ao estudo do
seu comportamento físico-químico e biológico. Mantendo resíduos orgânicos no seu
seio, o aterro constitui um bioreactor cujo funcionamento depende de condições
intrínsecas que condiciona a sua estabilização. No presente trabalho, fez-se uma avaliação da degradação da matéria orgânica em aterros sanitários, através da determinação de parâmetros como o teor de matéria orgânica total, a celulose bruta e os ácidos húmicos, em amostras em profundidade, com idades compreendidas entre
1 e 10 anos. Pretendeu-se, assim, estabelecer-se uma previsão do término da degradação e, por conseguinte, da geração de emissões potencialmente perigosas no aterro, contribuindo-se, desta forma, para uma correcta programação da monitorização operacional e de pós-clausura deste tipo de estruturas sanitárias