research

Experiências adversas e funcionamento actual: um estudo com jovens portugueses

Abstract

A adversidade vivida na infância tem provado ser um dos factores de risco importantes para o desenvolvimento de psicopatologia na idade adulta. Do mesmo modo, a investigação tem mostrado a relação entre as adversidades vividas na idade adulta e os sintomas e problemas actuais. A literatura sugere igualmente que a adaptação e sucesso escolar podem ser afectados pelas experiências adversas. Neste trabalho apresentamos os resultados de um estudo sobre o impacto de experiências de vida potencialmente traumáticas (vividas quer na infância, quer na idade adulta) no funcionamento de jovens portugueses, avaliando a sua satisfação com a vida, os sintomas de dissociação e os sintomas de perturbação de stress pós-traumático. Foram avaliados 98 estudantes universitários e 102 jovens não universitários, relativamente a práticas e comportamentos de saúde, exposição a situações potencialmente traumáticas (LAV e ETQ), sintomas de dissociação peri-traumática (QDP) e sintomas de perturbação de stress pós-traumático (EARAT). Foi ainda utilizado um item para avaliação de satisfação com a vida. Os resultados descrevem a prevalência da exposição adversa e de sintomas de psicopatologia comparando os grupos de sujeitos em função da sua escolaridade, bem como as relações existentes entre experiências de vida e as variáveis consideradas. Os dados indicam que existe uma relação entre adversidade vivida e problemas actuais. Estes resultados são discutidos à luz dos modelos teóricos que explicam a forma como as experiências adversas podem influenciar a saúde física e psicológica actual

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