research

Impacto de variáveis sociais na resolução de tarefas cognitivas : estudo no início e final do 1º Ciclo do Ensino Básico

Abstract

Neste texto apresentamos os resultados de um grupo de 60 crianças repartidas pelo 1º e 4º ano de escolaridade, diferenciadas ainda por um meio sócio-económico baixo e rural (crianças de Paredes de Coura) e médio-elevado ou elevado e urbano (crianças a frequentar uma escola particular na cidade de Braga) em provas cognitivas. O estudo pretendeu verificar eventuais discrepâncias na percentagem de acertos e nas bonificações por resolução rápida de itens em alguns dos subtestes da WISC-III (Informação, Compreensão, Completamento de Gravuras, e Cubos) tomando os dois meios sócio-culturais de proveniência das crianças, assim como apreciar se tais discrepâncias diminuíam na passagem das crianças do 1º para o 4º ano de escolaridade (eventual efeito de homogeneização por parte da escola face a outras variáveis sociais de proveniência). Excepto três crianças do meio rural, todas as demais frequentaram o pré-escolar. Os resultados não sugerem uma diferenciação na generalidade dos itens tomando os ratios de acertos aos itens, muito embora essa diferenciação ocorre nas bonificações por execuções mais rápidas das crianças. Esta diferença é favorável às crianças do meio sócio-cultural mais favorecido, aumentando essa discrepância ao passarmos do 1º para o 4º ano de escolaridade. Esta discrepância ocorre com os resultados nos subtestes da WISC-III e nas Matrizes Coloridas Progressivas de Raven, sendo as médias superiores junto das crianças do meio sócio-cultural mais favorecido e, sobretudo, do 4º ano de escolaridade.Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)Fundação Calouste Gulbenkian (FCG

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