O aumento da poluição ambiental e o contínuo desenvolvimento da síntese de novos químicos desencadeou uma crescente preocupação acerca dos possíveis efeitos desses componentes directa ou indirectamente na saúde humana.
No presente trabalho pretendeu-se utilizar o protozoário ciliado Tetrahymena pyriformis como bioindicador no estudo de respostas fisiológicas e bioquímicas à presença de oito corantes azo utilizados na indústria têxtil. Para tal, utilizou-se uma bateria de ensaios toxicofisiológicos, como o crescimento, a
mortalidade e a morfometria. Estes ensaios foram realizados numa série de testes miniaturizados usando culturas axénicas de T. pyriformis, inoculadas com soluções dos 8 corantes em diferentes concentrações
(5, 25 e 50 ppm), tendo como objectivo final a colecta de dados de forma a comparar respostas quanto à presença de diferentes corantes azo e quanto à presença de diferentes concentrações de um mesmo
corante.
Pretendeu-se com esta bateria de testes estudar se os corantes com aplicação têxtil utilizados são tóxicos para o bioindicador utilizado e em que concentração produzem tal efeito. Espera-se que com os resultados deste estudo se possa extrapolar a influência destes compostos no meio quático receptor