No contemporâneo ocidental, a modificação corporal pode servir como um meio de rememoração subjetiva ou informativa através de símbolos, adornos e demais manifestações de cunho pessoal, objetivando representar algo para si ou para o outro. As conexões entre informação e tatuagem fo- ram abordadas a partir da visão de tatuadores sobre o corpo como um diário do indivíduo que as carrega na epiderme. Metodologicamente, o estudo é qualitativo, exploratório, de natureza básica e utiliza o método da história oral. Empiricamente, foram entrevistados três tatuadores da cidade de Porto Alegre, de modo a averiguar o ato de tatuar-se (ou a outrem) como um registro informacional. A análise das entrevistas semiestruturadas evidenciou que há diferentes razões que levam pessoas a se tatuarem e os entrevistados consideram a tatuagem como um registro de história pessoal. Algu- mas enunciações revelam uma intenção de informar e outras tributam o ato de tatuar-se como moda ou registro particular de memória, sem intencionalidade de informar a terceiros. Conclui-se que a tatuagem pode ser considerada ora como um registro subjetivo de memória e afeto íntimo não dire- cionado para outras pessoas, ora como uma oferta comunicacional de significado a outrem.In the contemporary Western, the corporal modification can serve as a means of subjective or in- formative remembrance through symbols, adornments and other personal manifestations, aiming to represent something for oneself or for the other. The connections between information and tattoo were approached from the view of tattoo artists about the body as a diary of the individual who car- ries them into the epidermis. Methodologically, the study has qualitative, exploratory, basic and uses the oral history method. Empirically, three tattoo artists from the city of Porto Alegre were inter- viewed, in order to investigate the act of tattooing to yourself (or other) as an informational record. The analysis of the semi-structured interviews showed that there are different reasons that lead peo- ple to tattoo themselves and those interviewed consider the tattoo as a personal history record. Some enunciations reveal an intention to inform and others tax the act of tattooing as a fashion or private memory record, without the intention of informing others. It is concluded that the tattoo may be con- sidered sometimes as a subjective record of intimate memory and affection not directed at other people, sometimes as a communicational offer of meaning to others