Barbosa, Tais

Silveira, Isadora Gomes da

Portuguese

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2019: XV SALÃO DE ENSINO DA UFRGSAno 2019Local Campus do Vale - UFRGSTítulo Ensino a distância: elementos de motivação, precarização eresistênciaAutores ISADORA GOMES DA SILVEIRATAIS BARBOSAOrientador LAURA SOUZA FONSECARESUMO: A presente exposição insere-se como atividade do Seminário EDU 3030 - Educação, Trabalho e Profissão - da FACED/UFRGS, cuja metodologia foi articulada em torno de uma pequena investigação em espaços/políticas sociais para identificar elementos de precarização e/ou resistência no trabalho e na educação. Este trabalho pretendeu identificar o perfil e a motivação dos alunos que buscam o ensino à distância e a forma como isso se relaciona com a legislação vigente e o debate da democratização do ensino no Brasil. A pesquisa centrou-se na necessidade de entender o aumento significativo de matrículas no ensino à distância e a ligação com o presente momento, assim como buscou-se questionar se o objetivo é uma democratização do ensino no Brasil ou se apenas mascara-se um problema com a massificação. Entende-se que a educação à distância surge, no contexto das políticas públicas, como uma solução a problemas emergentes. Além disso, surge como uma possibilidade de ampliação das matrículas e da expansão do acesso e permanência, também pelas limitações físicas, temporais e estruturais não se tornarem um empecilho. O referencial teórico utilizado foi o Plano Nacional de Educação 2010 -2014 (PNE) e artigos correlatos na plataforma Scielo. A metodologia deste estudo é de cunho qualitativo inspirada em um estudo caso, mas utiliza dados quantitativos para identificar e desenvolver a discussão.  Para atingir os objetivos propostos lançou-se um questionário digital nas redes sociais convidando pessoas que tiveram ou têm experiência com ensino à distância. O questionário composto por onze questões, com opções objetivas e algumas descritivas, sobre o perfil dos estudantes e a respeito desta modalidade de ensino. Obteve-se quarenta e nove retornos de respostas ao questionário. Entre outros resultados pode-se afirmar que o perfil dos alunos que buscam o ensino à distância é predominantemente adulto (a maior parte entre 28 a 46 anos), que buscam o ensino 100% à distância e na maior parte realiza (ou realizou) a graduação ou a pós-graduação. Como conclusões preliminares pode-se ressaltar que a partir das respostas identificam-se características de uma vida moderna corrida da classe trabalhadora, onde é preciso reinventar-se para conseguir uma boa posição no mercado de trabalho. A motivação na busca do ensino à distância mostrou-se muito forte no que tange a flexibilidade dos horários, a autonomia (poder estudar no seu ritmo e não no ditado pelo professor) e a opção que o participante aprende mais estudando sozinho.  Neste estudo, através dos dados obtidos e da revisão bibliográfica, identificou-se que o Brasil avança pouco no investimento no âmbito educacional e assim cria diversas formas de sucateamento, indo em direção a um ensino mais quantitativo, sem igualdade de acesso e sem garantia de sucesso na permanência. Em conclusão, podemos inferir que há elementos de resistência quando trabalhadores buscam avançar em sua formação escolar, assim como a dificuldade de permanência e também de precarização quanto à infraestrutura, as condições das atividades pedagógicas dos alunos e a falta de contratação de professores.  Palavras-chave: Ensino à distância. Democratização. Educação.  

Ensino a distância: elementos de motivação, precarização e resistência

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/210963/1/Ensino2019_Resumo_66277.pdf

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